Dilma e Lula almoçam juntos em hotel em Paris
A presidente Dilma Rousseff almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeira dia de visita oficial à França. O encontro foi no hotel em que a presidente está hospedada, em Paris.
Lula entrou e saiu do local por uma entrada lateral, sem falar com a imprensa. Nem a assessoria da Presidência da República nem a de Lula deram detalhes do que os dois conversaram.
Presente na comitiva, o ministro Aloizio Mercadante (Educação), disse que tem falado sempre com o ex-presidente.
Lula tem evitado falar com a imprensa desde que a Operação Porto Seguro da Polícia Federal teve como alvo Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, que é ligada ao ex-presidente. Em evento em Berlim, na sexta-feira, Lula disse apenas que não ficou surpreso com a operação.
Questionado sobre o estado de espírito do ex-presidente, Mercadante afirmou apenas que Lula "é um guerreiro".
DILMA
Dilma passou o dia no hotel, sem compromissos públicos. Na terça e quarta-feira, ela se encontrará com o presidente da França, François Hollande, além de parlamentares e empresários franceses. A viagem, que tem status de visita de Estado, inclui ainda desfile da presidente pela avenida des Champs-Élysées.
Com Lula e Hollande, Dilma participará de seminário sobre crescimento econômico organizado pelo Instituto Lula e pela Fondation Jean-Jaurès, ligada ao Partido Socialista francês.
CRESCIMENTO
Mercadante disse que o evento é importante "especialmente por esse momento marcado pela crise que vive a zona do euro".
O ministro destacou que Dilma tem enfatizado em seus discursos "que não basta só política de austeridade". A ideia se alinha ao que defende o governo francês. Já a Alemanha, maior economia da Europa, insiste principalmente na tese da austeridade.
"[Dilma tem dito que] é preciso um pacto para a retomada do crescimento e uma ação coordenada dos países para estimular o governo global, porque com recessão não se resolve problema de dívida pública nem problema de dívida externa, como bem sabemos pela experiência brasileira. Essa nossa experiência do passado e as políticas que fizemos para sair da crise com estímulo ao mercado interno, ao mercado de consumo de massa no Brasil é uma referência hoje para todos esses países buscarem políticas alternativas", afirmou.
Mercadante ressaltou ainda que a economia brasileira tem enfrentado a crise melhor que os países da Europa.
CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS
Mercadante disse que a visita inclui o anúncio de um reforço ao programa Ciência sem Fronteiras, que distribui bolsas de estudos para brasileiros no exterior. Segundo ele, "várias grandes empresas francesas" vão criar vagas de estágios para estudantes do programa. O programa, que tem foco sobretudo nas áreas de tecnologia, será estendido ainda para professores de licenciatura em língua francesa, que poderão fazer estágios na França.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o principal foco da visita é o aprofundamento da parceria estratégica com França, com criação de projetos na área de defesa, além da indústria e do comércio. Ele disse, contudo, que a decisão sobre a compra dos caças franceses Rafale cabe exclusivamente a Dilma.
10 de dezembro de 2012
Lula entrou e saiu do local por uma entrada lateral, sem falar com a imprensa. Nem a assessoria da Presidência da República nem a de Lula deram detalhes do que os dois conversaram.
Presente na comitiva, o ministro Aloizio Mercadante (Educação), disse que tem falado sempre com o ex-presidente.
Lula tem evitado falar com a imprensa desde que a Operação Porto Seguro da Polícia Federal teve como alvo Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, que é ligada ao ex-presidente. Em evento em Berlim, na sexta-feira, Lula disse apenas que não ficou surpreso com a operação.
Questionado sobre o estado de espírito do ex-presidente, Mercadante afirmou apenas que Lula "é um guerreiro".
DILMA
Dilma passou o dia no hotel, sem compromissos públicos. Na terça e quarta-feira, ela se encontrará com o presidente da França, François Hollande, além de parlamentares e empresários franceses. A viagem, que tem status de visita de Estado, inclui ainda desfile da presidente pela avenida des Champs-Élysées.
Com Lula e Hollande, Dilma participará de seminário sobre crescimento econômico organizado pelo Instituto Lula e pela Fondation Jean-Jaurès, ligada ao Partido Socialista francês.
CRESCIMENTO
Mercadante disse que o evento é importante "especialmente por esse momento marcado pela crise que vive a zona do euro".
O ministro destacou que Dilma tem enfatizado em seus discursos "que não basta só política de austeridade". A ideia se alinha ao que defende o governo francês. Já a Alemanha, maior economia da Europa, insiste principalmente na tese da austeridade.
"[Dilma tem dito que] é preciso um pacto para a retomada do crescimento e uma ação coordenada dos países para estimular o governo global, porque com recessão não se resolve problema de dívida pública nem problema de dívida externa, como bem sabemos pela experiência brasileira. Essa nossa experiência do passado e as políticas que fizemos para sair da crise com estímulo ao mercado interno, ao mercado de consumo de massa no Brasil é uma referência hoje para todos esses países buscarem políticas alternativas", afirmou.
Mercadante ressaltou ainda que a economia brasileira tem enfrentado a crise melhor que os países da Europa.
CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS
Mercadante disse que a visita inclui o anúncio de um reforço ao programa Ciência sem Fronteiras, que distribui bolsas de estudos para brasileiros no exterior. Segundo ele, "várias grandes empresas francesas" vão criar vagas de estágios para estudantes do programa. O programa, que tem foco sobretudo nas áreas de tecnologia, será estendido ainda para professores de licenciatura em língua francesa, que poderão fazer estágios na França.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o principal foco da visita é o aprofundamento da parceria estratégica com França, com criação de projetos na área de defesa, além da indústria e do comércio. Ele disse, contudo, que a decisão sobre a compra dos caças franceses Rafale cabe exclusivamente a Dilma.
10 de dezembro de 2012
RODRIGO VIZEU - Folha Online
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS
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