Os neoconservadores e líderes do poderoso lobby de Israel estão mobilizando
forças para o que parece ser campanha fortíssima par impedir que o presidente
Barack Obama nomeie um ex-senador Republicano, herói condecorado da Guerra do
Vietnã, para substituir Leon Panetta como secretário da Defesa.
A campanha foi lançada semana passada, depois que altos funcionários da Casa Branca vazaram o nome de Chuck Hagel, que também dirige o Grupo de Conselheiros do Presidente para Inteligência Estrangeira, como provável nomeado, tão logo Panetta anuncie formalmente a aposentadoria, agora esperada a qualquer momento.
E ganhou fôlego nos últimos dias, com grandes nomes dos neoconservadores iniciando a carga contra o ex-senador por Nebraska.
Se Obama insistir na nomeação, poderá sinalizar importante mudança na política dos EUA para o Oriente Médio, dentre outros motivos, porque Hagel – Republicano realista, da tradição do ex-presidente Dwight Eisenhower e do secretário de Estado James Baker –, tem sido ativo crítico das políticas de Israel e advogado empenhado de os EUA abraçarem a via da negociação diplomática com o Irã.
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NETANYAHU
Para alguns observadores, a nomeação seria ‘dar o troco’ ao primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, que várias vezes confrontou Obama, no primeiro mandato, na questão da expansão das colônias israelenses na Cisjordânia; e repetidas vezes ameaçou atacar o Irã. Netanyahu tampouco fez segredo de que seu candidato à presidência dos EUA não era Obama, mas o governador Republicano Mitt Romney.
O núcleo mais conhecido do lobby de Israel em Washington, que parece temer que Obama pretenda pressionar Israel no segundo mandato, pode estar motivando a crescente campanha contra a possível nomeação de Hagel.
O lobby está trabalhando, portanto, para convencer Obama de que pagará preço político excessivamente alto, se insistir no nome de Hagel.
Se for realmente nomeado, muitos observadores creem que dificilmente a indicação será rejeitada no Congresso, dada a relutância que muitos senadores Republicanos sempre manifestam quando se trata de negar aprovação a um dos seus (embora Hagel tenha feito campanha pró-Obama em 2008).
A principal carga feita até aqui contra Hagel, que também trabalha no Conselho Atlântico, think tank muito influente, é que ele seria “anti-Israel” – e há até os que o chamam de “antissemita” – e que várias vezes manifestou não crer na possibilidade de algum ataque ao Irã, mesmo que o país não reduzisse – ou preferentemente, para Israel, abandonasse totalmente – seu programa nuclear.
“Hagel com certeza tem um viés anti-Israel e é favorável a ‘amolecer’ com o Irã –, escreveu William Kristol, editor-chefe de The Weekly Standard, em editorial, essa semana.
“Quando ainda senador, Hagel disse que nenhum ataque militar contra o Irã, como nenhuma opção militar, seria opção viável, realizável ou responsável” – anotou Kristol, co-fundador do Projeto para um Novo Século Americano [orig.
Project for a New American Century (PNAC)], dos conservadores, que teve papel chave na propaganda a favor de ataque ao Iraque, há uma década; e, mais recentemente, no controverso Comitê de Emergência pró-Israel .
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NEOCONSERVADORES
Na 3ª-feira, na mesma linha, dois outros influentes neoconservadores ofereceram empenhando apoio ao Partido Likud, de Netanyahu e da direita israelense: Elliott Abrams, membro do Conselho de Relações Exteriores, auxiliar direto de George W Bush para o Oriente Médio; e Bret Stephens, jornalista que assina a coluna “Global View” [Visão Global] do Wall Street Journal.
Relembrando que Hagel disse certa vez a um entrevistador seu aliado que “o lobby judeu intimida muita gente por aqui [no Congresso]”, Stephens sugeriu que a expressão cheira a antissemitismo, sobretudo à luz da crítica que o Senador fizera, contra Israel, durante a segunda Intifada palestina e a guerra de 2006 contra o Líbano, e sua oposição a várias sanções impostas aos Irã.
“(…) O comentário do Sr. Hagel sobre o lobby dá boa dimensão do seu padrão de pensamento”, escreveu Stephens. Na sequência, citou outros trechos da entrevista que Hagel deu a um diplomata norte-americano aposentado que servira no Oriente Médio em 2006, como prova do antissemitismo ou da hostilidade do (então) senador Hagel contra Israel.
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SENADOR DOS EUA
“Sou senador dos EUA, não de Israel” – disse Hagel a Aaron David Miller. “Sou senador dos EUA. Apoio Israel. Mas jurei servir à Constituição dos EUA, não a um presidente, nem a um partido. Não jurei que serviria a Israel, no meu mandato.”
Por menos que haja aí questão a discutir ou discordar, as palavras de Stephens foram imediatamente repetidas e repercutidas por Abraham Foxman, diretor da Liga Antidifamação [orig. Anti-Defamation League (ADL)], pilar do lobby de Israel mais convencional.
“Chuck Hagel não seria o primeiro, nem o segundo, nem o terceiro nome a ser escolhido pela comunidade judeu-americana dos amigos de Israel” – disse à blogueira neoconservadora Jennifer Rubin, do Washington Post.
“Seu currículo no que tenha a ver com as relações EUA-Israel é, no mínimo, preocupante, e, no máximo, muito constrangedor” – disse Foxman, acrescentando que os sentimentos de Hagel em relação ao lobby judeu beiram o antissemitismo.
Mas Foxman, o qual, diferente dos neoconservadores, tenta manter-se a igual distância dos dois partidos, disse ao Times of Israel que se oporia à nomeação, se a ideia avançasse.
O Comitê de Relações Públicas EUA-Israel, o mais influente grupo de lobby pró-Israel nos EUA, está mantendo silêncio discreto, embora um porta-voz de muitos anos, Josh Block, que hoje chefia o Projeto Israel, já se tenha manifestado fortemente contra o nome de Hagel, por sua oposição às sanções contra o Irã e sua recusa a assinar cartas e resoluções e abaixo-assinados contra o Irã, o o Hezbollah e o Hamás, apoiados, quando não concebidos, redigidos e promovidos pelo próprio AIPAC.
Em vários sentidos, a atual campanha faz lembrar outra, contra Chas Freeman, embaixador aposentado e muito prestigiado nos EUA, que foi nomeado para presidir o Conselho Nacional de Inteligência nos primeiros dias do primeiro governo Obama, e em seguida foi tomado como alvo de violenta campanha movida contra ele, pelos jornais, por neoconservadores e pelo lobby de Israel.
Mas, naquele caso, a campanha focou-se menos em críticas de Freeman contra políticas dos EUA para Israel e, mais, em ditas relações muito próximas que Freeman manteria com líderes chineses.
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IMPORTÂNCIA
No caso de Hagel, a questão é bastante mais importante, dada a relevância do Pentágono para as políticas exteriores, particularmente para o Oriente Médio, onde Obama – de acordo, nisso com o pensamento de Hagel – tenta tirar o pé do Oriente Médio, no movimento de “pivô”, para reorientar as forças militares dos EUA na direção, mais, do Pacífico Asiático.
Diferente, também, do caso Freeman, os inimigos de Hagel não encontrarão facilmente outras questões, fora do Oriente Médio, para mobilizar a oposição a uma já provável nomeação. Frank Gaffney, que dirige o Centro de Política de Segurança, neoconservador de linha dura, denunciou Hagel em coluna assinada na 3ª-feira no Washington Times, por jamais ter apoiado as guerra no Iraque e no Afeganistão; por acreditar que o Pentágono estaria “inchado”; e por apoiar, com outros Republicanos realista, um gradual desarmamento nuclear.
Outro argumento que está emergindo é que, se, como se espera, Obama nomear o senador John Kerry para o posto de secretário de Estado, e puser mais um homem, branco e de idade na chefia do Pentágono, estará desmentindo o projeto de fazer, de seu Gabinete, um projeto de diversidade demográfica.
No curto espaço de tempo desde que se começou a falar da possibilidade de Hagel vir a ser nomeado, várias vozes de judeus conhecidos falaram a seu favor, dentre os quais Miller, que disse ao blog “Open Zion” [Sion Aberto], do portal Daily Beast, que “Hagel é forte apoiador de Israel”.
Além desse, o ex-embaixador dos EUA em Israel, Dan Kurtzer, disse ao jornal Politico que a crítica contra Hagel é “terrivelmente mal orientada”; e o grupo J Street, “pró-paz e pró-Israel” disse que Hagel “seria magnífica escolha” para comandar o Pentágono.
Muitos observadores creem que, agora, muito dependerá do que façam alguns dos senadores mais diretamente associados ao lobby de Israel, nos dois partidos, se se manifestarão, ou não, contra Hagel.
Até aqui, dois Republicanos, McCain e Lindsay Graham, cujas atitudes quase sempre refletem a dos demais neoconservadores e que tiveram papel destacado na oposição contra a indicação da embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, ao posto de secretária de Estado, já disseram que não esquecerão o que Hagel disse sobre “o lobby judeu”, caso seja nomeado, mas não disseram que farão oposição declarada à nomeação, como fizeram, à simples ideia de Rice vir a ocupar a secretaria de Estado.
23 de dezembro de 2012
Jim Lobe (Asia Times Online)
A campanha foi lançada semana passada, depois que altos funcionários da Casa Branca vazaram o nome de Chuck Hagel, que também dirige o Grupo de Conselheiros do Presidente para Inteligência Estrangeira, como provável nomeado, tão logo Panetta anuncie formalmente a aposentadoria, agora esperada a qualquer momento.
E ganhou fôlego nos últimos dias, com grandes nomes dos neoconservadores iniciando a carga contra o ex-senador por Nebraska.
Se Obama insistir na nomeação, poderá sinalizar importante mudança na política dos EUA para o Oriente Médio, dentre outros motivos, porque Hagel – Republicano realista, da tradição do ex-presidente Dwight Eisenhower e do secretário de Estado James Baker –, tem sido ativo crítico das políticas de Israel e advogado empenhado de os EUA abraçarem a via da negociação diplomática com o Irã.
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NETANYAHU
Para alguns observadores, a nomeação seria ‘dar o troco’ ao primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, que várias vezes confrontou Obama, no primeiro mandato, na questão da expansão das colônias israelenses na Cisjordânia; e repetidas vezes ameaçou atacar o Irã. Netanyahu tampouco fez segredo de que seu candidato à presidência dos EUA não era Obama, mas o governador Republicano Mitt Romney.
O núcleo mais conhecido do lobby de Israel em Washington, que parece temer que Obama pretenda pressionar Israel no segundo mandato, pode estar motivando a crescente campanha contra a possível nomeação de Hagel.
O lobby está trabalhando, portanto, para convencer Obama de que pagará preço político excessivamente alto, se insistir no nome de Hagel.
Se for realmente nomeado, muitos observadores creem que dificilmente a indicação será rejeitada no Congresso, dada a relutância que muitos senadores Republicanos sempre manifestam quando se trata de negar aprovação a um dos seus (embora Hagel tenha feito campanha pró-Obama em 2008).
A principal carga feita até aqui contra Hagel, que também trabalha no Conselho Atlântico, think tank muito influente, é que ele seria “anti-Israel” – e há até os que o chamam de “antissemita” – e que várias vezes manifestou não crer na possibilidade de algum ataque ao Irã, mesmo que o país não reduzisse – ou preferentemente, para Israel, abandonasse totalmente – seu programa nuclear.
“Hagel com certeza tem um viés anti-Israel e é favorável a ‘amolecer’ com o Irã –, escreveu William Kristol, editor-chefe de The Weekly Standard, em editorial, essa semana.
“Quando ainda senador, Hagel disse que nenhum ataque militar contra o Irã, como nenhuma opção militar, seria opção viável, realizável ou responsável” – anotou Kristol, co-fundador do Projeto para um Novo Século Americano [orig.
Project for a New American Century (PNAC)], dos conservadores, que teve papel chave na propaganda a favor de ataque ao Iraque, há uma década; e, mais recentemente, no controverso Comitê de Emergência pró-Israel .
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NEOCONSERVADORES
Na 3ª-feira, na mesma linha, dois outros influentes neoconservadores ofereceram empenhando apoio ao Partido Likud, de Netanyahu e da direita israelense: Elliott Abrams, membro do Conselho de Relações Exteriores, auxiliar direto de George W Bush para o Oriente Médio; e Bret Stephens, jornalista que assina a coluna “Global View” [Visão Global] do Wall Street Journal.
Relembrando que Hagel disse certa vez a um entrevistador seu aliado que “o lobby judeu intimida muita gente por aqui [no Congresso]”, Stephens sugeriu que a expressão cheira a antissemitismo, sobretudo à luz da crítica que o Senador fizera, contra Israel, durante a segunda Intifada palestina e a guerra de 2006 contra o Líbano, e sua oposição a várias sanções impostas aos Irã.
“(…) O comentário do Sr. Hagel sobre o lobby dá boa dimensão do seu padrão de pensamento”, escreveu Stephens. Na sequência, citou outros trechos da entrevista que Hagel deu a um diplomata norte-americano aposentado que servira no Oriente Médio em 2006, como prova do antissemitismo ou da hostilidade do (então) senador Hagel contra Israel.
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SENADOR DOS EUA
“Sou senador dos EUA, não de Israel” – disse Hagel a Aaron David Miller. “Sou senador dos EUA. Apoio Israel. Mas jurei servir à Constituição dos EUA, não a um presidente, nem a um partido. Não jurei que serviria a Israel, no meu mandato.”
Por menos que haja aí questão a discutir ou discordar, as palavras de Stephens foram imediatamente repetidas e repercutidas por Abraham Foxman, diretor da Liga Antidifamação [orig. Anti-Defamation League (ADL)], pilar do lobby de Israel mais convencional.
“Chuck Hagel não seria o primeiro, nem o segundo, nem o terceiro nome a ser escolhido pela comunidade judeu-americana dos amigos de Israel” – disse à blogueira neoconservadora Jennifer Rubin, do Washington Post.
“Seu currículo no que tenha a ver com as relações EUA-Israel é, no mínimo, preocupante, e, no máximo, muito constrangedor” – disse Foxman, acrescentando que os sentimentos de Hagel em relação ao lobby judeu beiram o antissemitismo.
Mas Foxman, o qual, diferente dos neoconservadores, tenta manter-se a igual distância dos dois partidos, disse ao Times of Israel que se oporia à nomeação, se a ideia avançasse.
O Comitê de Relações Públicas EUA-Israel, o mais influente grupo de lobby pró-Israel nos EUA, está mantendo silêncio discreto, embora um porta-voz de muitos anos, Josh Block, que hoje chefia o Projeto Israel, já se tenha manifestado fortemente contra o nome de Hagel, por sua oposição às sanções contra o Irã e sua recusa a assinar cartas e resoluções e abaixo-assinados contra o Irã, o o Hezbollah e o Hamás, apoiados, quando não concebidos, redigidos e promovidos pelo próprio AIPAC.
Em vários sentidos, a atual campanha faz lembrar outra, contra Chas Freeman, embaixador aposentado e muito prestigiado nos EUA, que foi nomeado para presidir o Conselho Nacional de Inteligência nos primeiros dias do primeiro governo Obama, e em seguida foi tomado como alvo de violenta campanha movida contra ele, pelos jornais, por neoconservadores e pelo lobby de Israel.
Mas, naquele caso, a campanha focou-se menos em críticas de Freeman contra políticas dos EUA para Israel e, mais, em ditas relações muito próximas que Freeman manteria com líderes chineses.
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IMPORTÂNCIA
No caso de Hagel, a questão é bastante mais importante, dada a relevância do Pentágono para as políticas exteriores, particularmente para o Oriente Médio, onde Obama – de acordo, nisso com o pensamento de Hagel – tenta tirar o pé do Oriente Médio, no movimento de “pivô”, para reorientar as forças militares dos EUA na direção, mais, do Pacífico Asiático.
Diferente, também, do caso Freeman, os inimigos de Hagel não encontrarão facilmente outras questões, fora do Oriente Médio, para mobilizar a oposição a uma já provável nomeação. Frank Gaffney, que dirige o Centro de Política de Segurança, neoconservador de linha dura, denunciou Hagel em coluna assinada na 3ª-feira no Washington Times, por jamais ter apoiado as guerra no Iraque e no Afeganistão; por acreditar que o Pentágono estaria “inchado”; e por apoiar, com outros Republicanos realista, um gradual desarmamento nuclear.
Outro argumento que está emergindo é que, se, como se espera, Obama nomear o senador John Kerry para o posto de secretário de Estado, e puser mais um homem, branco e de idade na chefia do Pentágono, estará desmentindo o projeto de fazer, de seu Gabinete, um projeto de diversidade demográfica.
No curto espaço de tempo desde que se começou a falar da possibilidade de Hagel vir a ser nomeado, várias vozes de judeus conhecidos falaram a seu favor, dentre os quais Miller, que disse ao blog “Open Zion” [Sion Aberto], do portal Daily Beast, que “Hagel é forte apoiador de Israel”.
Além desse, o ex-embaixador dos EUA em Israel, Dan Kurtzer, disse ao jornal Politico que a crítica contra Hagel é “terrivelmente mal orientada”; e o grupo J Street, “pró-paz e pró-Israel” disse que Hagel “seria magnífica escolha” para comandar o Pentágono.
Muitos observadores creem que, agora, muito dependerá do que façam alguns dos senadores mais diretamente associados ao lobby de Israel, nos dois partidos, se se manifestarão, ou não, contra Hagel.
Até aqui, dois Republicanos, McCain e Lindsay Graham, cujas atitudes quase sempre refletem a dos demais neoconservadores e que tiveram papel destacado na oposição contra a indicação da embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, ao posto de secretária de Estado, já disseram que não esquecerão o que Hagel disse sobre “o lobby judeu”, caso seja nomeado, mas não disseram que farão oposição declarada à nomeação, como fizeram, à simples ideia de Rice vir a ocupar a secretaria de Estado.
23 de dezembro de 2012
Jim Lobe (Asia Times Online)
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