Em São Paulo, são 96 inquéritos abertos sobre gestores que atropelaram a lei
PF: pente-fino nas contas das prefeituras do país (Thinkstock)
Pelo menos 484 prefeitos e ex-prefeitos do país estão sob investigação da Polícia Federal por indícios de desvios de recursos e corrupção, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com levantamento da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) da PF, há 3.167 inquéritos em andamento por violação ao Decreto Lei 201/67, que define os ilícitos de responsabilidade de administradores municipais.
O Maranhão é o estado onde a PF mais trabalha, com um acervo de 644 inquéritos relativos a fraudes em gestões municipais. A Bahia está em segundo lugar, com 490 inquéritos, seguida de Ceará (296), Piauí (285), Pará (196) e Pernambuco (194). "Certamente esses estados, por serem mais carentes, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito baixo, acabam recebendo mais recursos da União, verba vinculada, e aí, obviamente, nessas regiões pode ocorrer mais desvios", disse o delegado Oslain Campos Santana, chefe da Dicor.
Campeã no número de inquéritos instalados pela PF, a prefeitura de Amontada (CE) é alvo de 39 investigações abertas no período de 2009 a 2012, que apuram irregularidades no uso de recursos públicos federais. A cidade tem cerca de 37 mil habitantes e fica a 185 quilômetros de Fortaleza.
Em São Paulo, são 96 os inquéritos sobre gestores que atropelaram a lei; em Alagoas, 83; e no Rio de Janeiro, 60.
Além de prefeitos e ex-prefeitos, são investigados 182 servidores municipais, 87 secretários municipais e 63 funcionários que ocupam cargos de comissão.
23 de dezembro de 2012
Veja
(Com Estadão Conteúdo)
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