A
vergonhosa exploração da majoritária ignorância de nossa sociedade
–
pelo poder público mais corrupto de nossa história – resultante da
falência educacional do país, e pela imposição formativo-ideológica de
mecanismos de dominação fascistas em franca expansão no ambiente das escolas e
universidades, está conduzindo o país a um fosso educacional e cultural que já
resulta em um cenário de crescente descrédito moral do Brasil diante do mundo
desenvolvido.
Segundo Piaget “se o indivíduo é passivo intelectualmente não conseguirá ser livre moralmente”, enfatizando-se que a liberdade moral não pode significar liberdade para desvios de conduta legal e nem para a destruição da instituição familiar e seus básicos princípios formadores de uma sociedade prioritariamente honesta, digna e justa.
O
destacado pensamento desse biólogo, que dedicou sua vida à observação
científica rigorosa do processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano,
particularmente da criança, no nosso entender, define, com absoluta clareza, o
fato gerador de nossa submissão, de forma coletivamente omissa, ao domínio de
corruptos e subornadores com o suporte de milhares de esclarecidos canalhas – os
que têm “educação e cultura”, mas se venderam às forças da prostituição da
política, da facilidade do enriquecimento ilícito, do suborno, e da
corrupção.
A
omissão social majoritária, diante de sistemáticos e graves desvios de conduta
moral e legal dos responsáveis pela condução da administração do Estado se
fundamenta, rigorosamente, em uma passividade intelectual das maiores vítimas da
falência da educação e da cultura, passividade intencionalmente construída como
um projeto de dominação social por burguesias e oligarquias civis moralmente
degeneradas na sua construção, e que colocam, de forma sistemática, com suas
desmedidas – geralmente ilícitas – ambições de crescimento patrimonial e busca
do poder, o particular acima do coletivo, em uma luta desigual de poder que
sempre beneficia minorias em detrimento das
maiorias.
A
falta de liberdade moral a que nos referimos diz respeito à ausência de
liberdade e de capacidade para criticar majoritariamente os desvios de conduta
moral e legal praticados pelos que detêm o poder político, social e econômico,
com um pano de fundo limitador dos protestos como consequência direta do
apodrecimento do Poder Judiciário que, vergonhosamente, até nos seus Tribunais
Superiores, admite togados vestidos de bandidos.
A
ausência de discordâncias coletivas organizadas sobre as decisões dos poderes
instituídos que escravizam culturalmente milhões de candidatos à cidadania tem
provocado, historicamente, um processo de apodrecimento de valores fundamentais
– degeneração moral – resultando a uma submissão da vida dos menos
favorecidos ao assistencialismo comprador de votos e às manipulações midiáticas
que redundam nos repetidos estelionatos eleitorais, manipulações da falta de
consciência crítica, que colocam no exercício profissional da política meliantes
de todas as estirpes, provocando a transformação do poder público em um Covil de
Bandidos.
As
maiores provas do criminoso projeto de poder que resultou na fraude da Abertura
Democrática dizem respeito a inversões de valores nos sórdidos padrões da
revolução educacional e cultural pretendida e estimulada pelo poder
público.
As
massificações de acessos irresponsáveis e inconsequentes às Universidades
Públicas, frutos de um assistencialismo paternalista comprador de votos, sem
uma revolução no Ensino Básico, está fazendo o Brasil retroceder décadas no
seu sistema educacional superior, o que já está sendo refletido em recentes
pesquisas sobre a qualidade do ensino.
A
revolução do Ensino Básico sem a valorização da carreira do professor, e sem os
investimentos necessárioas para a modernização teconológica das escolas, está
consolidando a escravidão moral das crianças à ideologia de dominação de um
sórdido projeto de poder, que já tem milhares de seguidores infiltrados no
sistema educacional.
Enquanto
no Japão, por exemplo, o professor é o único que não pode se curvar diante do
imperador, no Brasil, os políticos e seus cúmplices, assim como os canalhas
esclarecidos, recomendam que os bons professores comprometidos com a qualidade
de ensino e com a luta pela valorização de suas carreiras troquem de
profissão, se não estiverem satisfeitos com as condições de exercício do seu
trabalho.
Estamos,
então, diante de duas catástrofes no nosso sistema
educacional.
A
primeira diz respeito à desqualificação do ensino superior como fundamento da
consolidação de inteligências propulsoras de um desenvolvimento autossustentado,
já absolutamente comprometido pela falta de investimentos, resultantes
diretamente da irresponsabilidade do poder público, da ausência de confiança dos
empresários e investidores – não corrompidos e não subornados, internos e
externos – e na postura intervencionista do desgoverno petista, que sobrevive de
ações pontuais, que são muito mais compradores de apoio para a permanência do PT
no governo do que visando o bem do país para reverter o caos que se
aproxima.
A
segunda diz respeito ao fato de que mais de 80 % dos alunos do Ensino Básico se
encontram matriculados em escolas públicas que, reconhecidamente, apresentam um
dos piores padrões de ensino dos países acompanhados por institutos de pesquisa
internacionais, situação essa que perdura há mais de três décadas mesmo com as
sistemáticas e declaradas “intenções de revoluções educacionais” propostas pelo
poder público – simplesmente mentiras para conquistar os benefícios de novas
expectativas de que o futuro será
diferente.
Consequentemente
nossas Universidades Públicas estão sendo transformadas em fábricas de
analfabetos funcionais enquanto os alunos do Ensino Básico, com seus professores
sendo tratados de forma humilhante como mão de obra dispensável – “mudem de
carreira e parem de reclamar!” –, sofrem condicionamentos ideológicos e
limitações de aprendizado, criando-se, intencionalmente, um círculo vicioso de
degeneração no processo educacional do país para manter o apoio de uma massa sem
consciência crítica à prostitução da política, o que resulta em falta de
liberdade moral, visando o sistemático sucesso dessa mesma política
prostituída nos estelionatos eleitorais.
Para
preservar a soberania do país, a aquisição do conhecimento não pode ser apenas
uma cópia do sucesso de outros países e sim um esforço empreendedor na busca do
mérito em todas as fases do processo educacional, resultando, na ponta do ensino
universitário, uma competente preparação de pesquizadores científicos
internacionalmente reconhecidos, que devem admitir a troca ou a transferência
do resultado de suas inteligências de pesquisa, mas objetivando atender,
prioritariamente, aos nossos interesses nacionais, e não fortalecer o domínio
imperialista do conhecimento científico que escraviza nossa comunidade
científica ao conhecimento tecnológico, "permitido de transferência", de outros
países mais desenvolvidos, ou ao domínio tecnológico por empresas privadas
multinacionais que visam muito menos o bem comum do que a exorbitância de
seus lucros.
O
que está se fazendo com a educação no país é um crime hediondo que resultará em
uma gradual morte de nossa soberania e da nossa cidadania, nos imputando uma
escravidão a um poder público que foi transformado em um Covil de Bandidos, e
que assim permanecerá nas mãos do PT, durante
décadas.
O
desgoverno petista mente, e a mídia transmite promessas de “revolução
educacional” e valorização da carreira do professor, que pela experiência dos
últimos anos nunca são cumpridas, mas continuarão a manipular a falta de
consciência crítica e a falta de liberdade moral, cenário de degradação da
sociedade, vergonhosamente construído durante a Fraude da Abertura
Democrática.
Somente
uma sociedade absolutamente covarde e omissa pode pactuar com a construção desse
modelo educacional gerador de majoritária ignorância, aceitando entregar seus
filhos e suas famílias à escravidão refém de um poder público dominado por
bandidos, que está transformando o país em um Paraiso de Patifes
controlando por um sistema de poder dominado por uma corruptocracia
fascista, que já fez do poder público um Covil de Bandidos, com
exceções que não tem poder nem condições de reverter este quadro, tonando-se
também refém da máfia da corrupção e do suborno que controla o
Estado.
27 de dezembro de 2012
Geraldo Almendra
Geraldo Almendra
(21 dez 2012)
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