Internacional - Oriente Médio
Nós somos bombas quando a Pátria chama
Meu coração em fúria explodido e despedaçado
Os estilhaços de minha vida voam e os inimigos são decapitados
Não se aflija minha Mãe, não derrame lágrimas por minha pele despedaçada.
Junte meus ossos, Mãe, e retorne-os à terra.
Allah u Akhbar!Canção dos mártires (Shahid), glorificando o martírio por Allah (Shahada)
Segundo o Palestinian Media Watch as rádios oficiais da Autoridade Palestina irradiam a toda hora tais canções (existem várias, todas do mesmo teor à da epígrafe). E é esta Autoridade de acabou de ser reconhecida com estardalhaço como Membro Observador da ONU com o total apoio do governo petista brasileiro e o apoio velado de Obama e Hillary Clinton, embora o voto americano oficialmente fosse contrário.
Organizei muitas assembléias e congressos para saber como se pode ganhar, oficialmente perdendo: para não dar a cara à tapa, costuram-se alianças que votam como gostaríamos, mas oficialmente votamos contra. Pode-se sempre alegar que “fui voto vencido”.
O documento oficial National Security Strategy 2010 da Administração Obama, na parte referente a Advance Peace, Security, and Opportunity in the Greater Middle East, mostra claramente que um dos principais objetivos é “a plena realização das legítimas aspirações do povo Palestino e de seu extraordinário potencial”. Não posso perder a oportunidade de lançar o no ar a pergunta: dadas as canções veiculadas oficialmente, as ‘legítimas aspirações’ seriam o suicídio coletivo, e extraordinário potencial de seus homens-bomba?
Do sub-item Buscar a Paz entre Israel e Palestina:
Todos têm interesse numa solução pacífica do conflito, uma que legitime as aspirações dos dois povos de segurança e dignidade e que Israel atinja uma paz duradoura e segura com todos seus vizinhos. Os EUA procuram conseguir dois Estados vivendo em paz e uma Palestina independente com território contínuo que acabe a ocupação iniciada em 1967.
(...) Também procuramos apoio internacional para construir as instituições de que depende o Estado Palestino, simultaneamente apoiando o desenvolvimento econômico que traga oportunidades para seu povo.
No Jantar de Gala no Saban Forum 2012—U.S.-Israeli Relations in a Changing Environment, da Brookings Institution no último 30 de novembro, Hillary Clinton fez um discurso no qual inicialmente admitiu que Israel tem razões para suspeitar (das intenções dos palestinos):
(Eles) poderiam ter tido um Estado próprio da minha idade, se tivessem tomado a decisão acertada em 1947. Novamente, poderiam ter um Estado se tivessem trabalhado com meu marido e o então primeiro ministro (Ehud) Barack. Novamente deixaram escapar a chance com o Primeiro Ministro Olmert e a Chanceler Livni.
No entanto, ao falar de Israel acusa-o de falta de generosidade e de empatia que estariam causando as suspeitas.
Note-se: segundo Hillary Israel não tem razão de ter suspeitas, é só porque lhe falta empatia e generosidade!
E vai mais longe ao sugerir que os israelenses devem realmente demonstrar que entendem a dor de um povo oprimido.
Segundo análise de Barry Rubin, os quatro pontos levantados por ela são:
1) oportunidades perdidas por Israel – quais se Israel sempre se dispôs à paz?
2) falta de generosidade. Rubin pergunta, com propriedade, desde quando generosidade é uma norma diplomática? E o que seria esta generosidade? Fazer concessões unilaterais a inimigos que querem destruí-lo? Já não basta aos israelenses pagarem impostos altíssimos para que parte deles sejam usados para sustentar a Administração e a Polícia Palestinas?
Recentemente Netanyahu recusou-se a enviar 460 mil shekels (aprox. $120.000 dólares) e foi um “Deus nos acuda”! Isto tem um nome: chantagem! Ou pagam nossas despesas ou atacamos. Israel paga e, mesmo assim, atacam! É o que sempre acontece quando o chantageado cede à pressão do chantagista,
3) falta de empatia: nas escolas Israelenses as crianças aprendem a ver o sofrimento palestino, os meios de comunicação de Israel jamais destilam ódio contra os vizinhos, jamais se escutam canções com a que está em epígrafe. É possível encontrar um único exemplo de empatia do lado palestino?
4) povo oprimido – quem oprime os palestinos? Não serão seus próprios líderes? Este é um falso argumento para justificar o terrorismo e a intransigência como resultados da ‘dor de um povo oprimido’ e não sua causa.
Chamo também a atenção para a expressão território contínuo, pois este é o novo cavalo de batalha contra os ‘assentamentos’ judeus na Judéia/Samaria – o mitológico ‘West Bank’ como intrusão para cortar o território palestino ao meio. O mapa abaixo, jamais mostrado, desmente tal intenção. Mas isto não interessa à mídia amestrada nem à Administração Obama.
Publicado no Jornal Visão Judaica, de Curitiba.
27 de dezembro de 2012
Heitor De Paola
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