Embora a presidente Dilma tenha confrontado a maquinaria ambientalista que
obstaculiza parte dos projetos de infraestrutura do PAC, ela ainda não parece
com coragem para contrariar frontalmente certas pressões do aparato
ambientalista-indigenista internacional.
Essas atitudes de submissão a pressões externas tinham sido constante nos governos anteriores, desde o Collor, que entregou a reserva ianomâmi, exigida pela agenda da “Nova Ordem Mundial”, até o Lula, que admitiu ter homologado a reserva Raposa Serra do Sol, por pressão internacional.
Não obstante, o cenário está em mudança. A agenda ambientalista global experimenta um processo de desmoralização e retrocesso, pelos efeitos dos choques de realidade, pela evidente falsificação dos dados pseudo-científicos dos seus cenários catastrofistas, como pela cada vez mais evidente inviabilidade socioeconômica da sua agenda de restrições ao desenvolvimento, a começar pela insana proposta de “descarbonização” da economia mundial.
Com a economia no vermelho, não há muito espaço para os delírios “verdes”.
CÓDIGO FLORESTAL
Assim, em face desse enfraquecimento do discurso ambientalista, o adiamento da votação do Código Florestal permitirá que o processo decisório possa transcorrer sob menos pressões externas.
E, com um pouco de otimismo, pode-se esperar que, com cabeças mais frias, o Planalto não venha considerar como uma afronta pessoal a aprovação de um texto mais próximo ao já aprovado pela Câmara dos Deputados – que, sem dúvida, representa um consenso majoritário dos setores relevantes da sociedade.
Em 1992, a desmedida soberba de Collor fez da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92) a sua versão do Baile da Ilha Fiscal. Na época, houve quem se deixou enganar pelas insidiosas aparências do movimento ambientalista-indigenista internacional.
Duas décadas depois, havendo uma maior compreensão de que se trata de um instrumento neocolonial de interesses supranacionais, não é crível que se repitam erros semelhantes e primários.
12 de janeiro de 2013
Gelio Fregapani
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