"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 5 de janeiro de 2013

EM UM PAÍS SÉRIO, TRAGÉDIA COMO A DE DUQUE DE CAXIAS JÁ TERIA MANDADO À CADEIA UM PUNHADO DE AUTORIDADES

 

 

Vista de áreas alagadas pelas chuvas dos últimos dias na Baixada Fluminense (Foto: Genilson Araújo/Agência O Globo)

As horas passam e a tragédia em Duque de Caxias, na Baixa Fluminense só aumenta. O mesmo ocorre em outras cidades do Rio de Janeiro, castigadas pelas chuvas e sem nenhuma ação antecipada por parte do governo para evitar calamidades que se repetem há séculos.
Com pessoas mortas e desaparecidas, além de famílias que perderam casas e pertences, a presidente Dilma Rousseff continua impávida e colossal, descansando à beira-mar na Base naval de Aratu, no litoral baiano, em companhia da mãe, da filha e do neto.
E logicamente com séquito de servidores à disposição, tudo financiado pelo suado dinheiro do contribuinte.

A cada ano, diante das seguidas tragédias naturais, as promessas de solução surgem como as toneladas de terra que deslizam dos morros e levam de roldão pessoas e histórias de vida. Após o desastre que quase dizimou inúmeras cidades da serra fluminense, muitos municípios ainda aguardam a reconstrução, uma vez que ocorreu o desvio do dinheiro destinado às obras.

Em 2012, o governo federal investiu apenas um terço do valor previsto para o combate aos desastres provocados pela natureza.
Sempre emoldurado pela desfaçatez, o governo federal sequer deu uma explicação para o descaso. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra encontra-se com o governador Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, apenas para cumprir tabela, até porque fazer algo agora é tarde demais.

O importante era evitar a tragédia, o que não foi feito por causa da conhecida incompetência que marca o governo do PT, que trocou o mensalão pelo loteamento dos ministérios, onde foram instalados incompetentes com indicações político-partidárias.

Em um país minimamente sério, com doses exíguas de responsabilidade, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Fernando Bezerra já estariam presos pelo crime de omissão. Cabral Filho, o fanfarrão de sempre, faria companhia à dupla, pois deixou de cobrar o governo federal a verba que poderia ter evitado mais uma tragédia no Rio de Janeiro.

De nada adianta fazer um réveillon pirotécnico na praia de Copacabana, quando se sabe que horas depois morros descerão e levarão pessoas, casas e tudo que estiver pela frente. Eis o Brasil, o eterno e empacado país do futuro.

05 de janeiro de 2013
ucho.info
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário