Por favor, quem conseguir que me explique o que significa essa - desculpem - merdalhada evacuada pelo nanojornalista Paulo Henrique Amorim. Como pode um idiota como esse ter tantos e tão fiéis seguidores? Só se forem tão ou mais calhordas e imbecis do que ele!
Acreditem, essa merdalhada -
desculpem de novo - teve até agora 177 comentários. Leiam alguns:
“O PT tem
que por esquerdistas no STF e no MPF, o que vai sobrar para o
PIG?”
“Quem
navega pelas redes sociais consegue perceber que a campanha para tornar o Lula e
o PT corrupto está a todo vapor e está surtindo efeito. É simples converse com
20 pessoas, mais da metade vai concordar com a corrupção do Lula e do PT. De
quem é a culpa?”
“O Brasil
precisa DESMASCARAR o imprensalão golpista, urgente. Um país desenvolvido se faz
com povo esclarecido. Povo enganado é coisa de terceiro mundo.”
“Só existe
uma saída. A união dos que não engolem o PIG. Vamos exigir que os sindicalistas
se manifestem. Não adianta pagarmos os sindicatos e eles ficarem enquartelados
assistindo a banda passar, sob pena de pedirmos a desfiliação. Vamos à
lutaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…”
Mas
vamos ao que interessa. Leiam a merdalhada, mas tomem um Engov
antes:
DILMA E A
LEY DE MEDIOS: ELA ROMPEU COM O PT
Ela foi à
luta insurrecional de avião. Não foi na boleia de um pau de arara. E,
provavelmente, o Lula foi o único proletário com quem
conviveu.
What you
see is what you get.
O que você
vê é o que você vai ter.
A primeira
atividade pública da Presidenta recém eleita que envolvesse o PiG foi discursar
num aniversario da Folha (*), o mesmo instrumento Golpista que publicou a ficha
falsa da terrorista que ia sequestrar o Delfim Netto; e, no regime que torturava
a militante, emprestava os vagões em que eram transportadas as vítimas do
Coronel Ustra nos campos de extermínio.
A segunda
atividade foi tentar produzir uma omelete num programa de suculentas entrevistas
na Rede Globo, a mesma que co-produziu a bolinha de papel e na entrevista com os
candidatos tratou o adversário com mel e ela com
fel.
What you
see is what you got.
Agora, a
Folha (*), num ato de investigavo jornalismo, compulsa dados públicos para
constatar que a Presidenta prefere falar com estrangeiros; e, com os nativos,
prefere o pessoal que frita bolinhos.
Ela prefere
tratar de trilhos e de juros.
É a
presidenta técnica que, se trair o Lula, será convidada para um garden-party na
Casa Branca.
O PT quer a
Ley de Medios.
O Nunca
Dantes também.
Não fora
isso, não teria encomendado o excelente projeto ao Franklin Martins, que, em
suma, quer nada além da Constituição de ‘88.
O mesmo por
que luta o professor Comparato e que o Advogado Geral, o Dr Adams, tratou de
torpedear no Supremo.
A
presidenta mandou o Hibernardo jogar o Franklin na mesma pilha em que o Farol de
Alexandria depositou os QUATRO projetos de Ley de Medios que o Serjão Motta – o
da compra da reeleição por 200 mil paus por cabeça – lhe deixou de herança, ao
pedir, “Fernando, não se apequene”.
Ele se
apequenou.
A Globo
enterrou o Serjão em cova rasa, assim como venceu a
Dilma.
A Dilma se
separa do PT na questão da Ley de Medios – e, portanto, no
central.
Essa é uma
divergência de estrutura.
Porque
trata da Democracia.
Como a
Dilma percebe a Democracia e como o PT a percebe.
Para a
Dilma, a Democracia é uma questão de gestão: aplicar eficientemente recursos
públicos.
Inclusive
os recursos destinados ao Brasil Carinhoso.
Como sugere
o Gerdau, aquele que se tornou, provavelmente, o Mentor Intelectual deste
quadriênio.
O PT e o
Lula percebem a Globo e as Quatro Familias Pigais (**) como um entrave à
Democracia.
Como uma
supressão da Democracia.
Não só
porque hipertrofia o poder da Casa Grande e desfalca a Liberdade de se informar
e de se expressar, mas, como observou o Vladimir Safatle, homogeiniza a produção
cultural.
O cinema, a
dramaturgia, a lista de best-sellers – fica tudo com o sotaque do Gilberto
Freire com “i” (***).
A Fernanda
Montenegro – a Primeira Dama ! – que podia estar num Checov, Strindberg,
Sofocles, Shakespeare, se houvesse um TBC, uma RSC – submetida a esses papeis de
falso cinema da Globo.
Que dor no
peito !
Ah, que
saudades do Teatro dos Sete !
Quando
parecia que o Paulo Francis ia ter importância.
É o Brasil
da Avenida, no elenco do Boninho.
Cadê os
Pontos de Cultura do Ministro Gil ?
Ao anunciar
ao PT que está fora da Ley de Medios – e vire-se com o Michel Temer ! – a
Presidenta atravessou o Rubicão.
Foi para o
outro lado.
Lula
continua do lado de cá.
O que
demonstra muito mais ainda.
Que a opção
da jovem Dilma, a moça de classe média belorizontina, demonstrava coragem – e
superficialidade.
Que a jovem
radical era só isso: radical.
Não tinha
muito mais a sustentá-la, com raízes, substância.
Ela foi à
luta insurrecional de avião.
Não foi na
boleia de um pau de arara.
E,
provavelmente, o Lula foi o único proletário com quem
conviveu.
Deu
nisso.
It’s what
we got !
Paulo
Henrique Amorim
(*) Folha
é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além
disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e
pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da
Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos,
reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,
porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de
reportagem aos torturadores.
(**) Em
nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade
técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância
que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido
da Imprensa Golpista.
(***) Ali
Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso
blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o
livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por
isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D.
Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito
tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o
Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário