"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

REALMENTE, COM ESSE NÍVEL DE PARLAMENTAR, O BRASIL NÃO PODE DAR CERTO...

Após estacionar carro oficial do governo de SP, motorista usa placas frias para enganar o contribuinte



Truque chicaneiro – Nenhum país pode dar certo quando o motorista de um parlamentar, cumprindo ordens, usa o carro oficial durante o recesso. De acordo com o que determina a legislação vigente, o uso de veículos oficiais só e permitido para o desempenho da função, respeitados o horário e o bom senso.
Na segunda-feira (7), a reportagem do ucho.info flagrou, às 13h23, um veículo Vectra, com placas do governo do Estado de São Paulo, estacionando na Rua Sergipe, no bairro de Higienópolis, na Zona Oeste da capital paulista. Com envelopes da mão, o motorista deixou o carro e dirigiu-se ao Centro Médico Sergipe, localizado no número 411 da mesma rua.



Ao perceber que o serviço de que fora incumbido demoraria além do previsto, o motorista retorna ao veículo e compra um cartão da Zona Azul com um flanelinha para deixar o carro estacionado por mais tempo. Considerando que o carro é oficial e exibia as placas 090, com o brasão do Estado, o preciosismo do motorista foi desnecessário.



Após comprar e preencher o cartão da Zona Azul, sobre um veículo particular que estacionou atrás do oficial, o motorista coloca o boleto de estacionamento sobre o painel do carro e, em seguida, abre o porta-malas e tira duas placas frias, imediatamente sobrepostas às oficiais.

Essa manobra rasteira, que afronta o contribuinte, serviu para evitar que o carro oficial fosse flagrado em uso indevido ou fora das atribuições daquele a quem foi confiando.



O Brasil ingressou no período da transparência, apesar de muitos órgãos sonegarem informações ou até mesmo dificultar o acesso, o que configura desrespeito à lei, mas esse tipo de conduta não cabe em qualquer lugar do País, pois nenhuma autoridade está acima da lei e do conjunto de regras que estabelece os limites do exercício de um cargo público.

Se nada de ilegal havia no uso do carro oficial naquele momento, não seria preciso o uso das chapas frias. Tal artifício seria justificável se o veículo em questão estivesse participando de alguma operação policial ou de investigação. Caso a missão fosse sigilosa ou secreta, o veículo já deveria ter saído da garagem do órgão estadual com as placas frias.

Como a ida a um centro médico não é uma operação sigilosa, deixamos a palavra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um conhecido especialista em explicações.

08 de janeiro de 2013
ucho.info

Nenhum comentário:

Postar um comentário