Catarina Migliorini, 20 anos, era a jovem desconhecida que resolveu leiloar sua virgindade e bateu o martelo por R$ 1,5 milhões, mas antes perdeu o anonimato dando uma entrevista para Brunna Castro, da Revista Playboy (nov. 2012)
e surpreendeu com respostas francas, diretas. Destas separei duas que seguem abaixo, logo depois vai um trabalho da poeta Dalinha Catunda, que se vale de toda sua ironia para descrever o caso.
Você é daquelas que já fizeram de tudo antes, menos perder a virgindade?
Não, nunca tive um namorado e nunca me relacionei sexualmente com ninguém, seja homem ou mulher. Nunca ninguém passou as mãos em meus seios ou em minhas partes íntimas, nunca ninguém me lambeu ou chupou, nunca fiz sexo anal, oral nem vaginal.
Não considero virgem quem já teve algum contato sexual com outra pessoa. Eu já beijei, sim, poucos, e todos eram da minha faixa etária. Meu primeiro beijo foi aos 17 anos, e, se afirmo tudo isso diante do mundo, é porque não existe nenhum homem ou mulher que possa provar o contrário.
Por que você não perdeu a virgindade até hoje?
Você diz até hoje como se fosse algo anormal, como se fosse regra perder a virgindade antes dos 20 anos. Bem, eu tenho amigos e gosto de sair para me divertir, dançar, ouvir uma boa música, viajar, adoro esportes.
Além disso, gosto muito de ler. Passo horas e horas lendo. Essas também são maneiras de se divertir. Tem aqueles que gostam de transar, e não vejo nada de mais nisso, mas, por enquanto, meus passatempos são outros e eu acho muito excitante ler um bom livro.
LEILÃO DE TABACO
A menina resolveu
Estrear o seu tabaco,
Mostrou na internet
Que era dona do buraco,
Junto com um cafetão
Botou o bicho em leilão
Entrou pra turma de Baco.
Um Japonês estribado,
Nas contas fez um regaço,
Foi indo de lance em lance
Sem ter maior embaraço
E para a satisfação
De quem tem pinto anão
Arrematou o cabaço.
Nas contas fez um regaço,
Foi indo de lance em lance
Sem ter maior embaraço
E para a satisfação
De quem tem pinto anão
Arrematou o cabaço.
A mulher que antes dava,
Agora passou a vender
O pobre está lascado,
Sem dinheiro pra comer,
E agora com a invenção,
De tabaco em leilão
A jumenta vai sofrer.
Agora passou a vender
O pobre está lascado,
Sem dinheiro pra comer,
E agora com a invenção,
De tabaco em leilão
A jumenta vai sofrer.
Quem hoje leiloa a frente,
Amanhã leiloa atrás
Quem abre o próprio negócio
Sabe que o lucro apraz
No mundo da putaria
Não falta mercadoria
E a cobiça é voraz.
08 de janeiro de 2013
Giulio Sanmartini
Amanhã leiloa atrás
Quem abre o próprio negócio
Sabe que o lucro apraz
No mundo da putaria
Não falta mercadoria
E a cobiça é voraz.
08 de janeiro de 2013
Giulio Sanmartini
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