“Vocês estão malucos?” – indagou o Lula a um dos companheiros que algum tempo atrás sugeriram sua candidatura ao governo de São Paulo, em 2014.
Só agora ficamos sabendo da reação do ex-presidente, que pode ter deixado passar algum tempo meditando sobre a hipótese ou, mais provável, haver respondido na hora, mas sem dar publicidade à resposta.
Tanto faz, pois a impressão é de que o Lula não pensa no palácio dos Bandeirantes, mesmo sabendo que, candidato, venceria no primeiro turno.
A crônica política da República aponta duas oportunidades em que ex-presidentes da República tornaram-se governadores de seus Estados.
No começo do século passado, Rodrigues Alves deixou o palácio do Catete depois de profícua administração e pouco depois viu-se levado ao palácio dos Campos Elíseos, por questão de política paulista.
Mais tarde, foi eleito outra vez presidente da Republica, mas não pode tomar posse por conta de doença fatal. Já Itamar Franco governou o país em substituição a Fernando Collor, voltou para as Gerais e elegeu-se para o palácio da Liberdade, de onde contestou Fernando Henrique, eleito presidente por sua decisão.
Nada haveria de inusitado se o Lula aceitasse candidatar-se à sucessão de Geraldo Alckmin, até enfrentando a reeleição do próprio. O importante é saber por que rejeitou o convite.
Quem quiser que discorde, mas a razão principal não é a vaidade de aceitar o “menos” depois de haver exercido o “mais”. Claro que o argumento pesa, em especial sobre personalidades lineares como o ex-presidente. No fundo, porém, repousa projeto maior: o Lula é mesmo candidato a voltar ao palácio do Planalto.
COISAS OBSCURAS
Aqui as coisas ficam um tanto obscuras. Repetidas vezes ele tem declarado ser a vez de Dilma Rousseff, em 2014. A reeleição seria um direito inquestionável da sucessora. Para ele, nessas condições, restaria esperar 2018, nem tão longe assim.
Só que… Só que se a popularidade de Dilma cair, hipótese remota, restaria ao PT entrar em campo com seu craque maior. Ou no caso de a presidente atual, por razoes pessoais, considerar cumprida sua missão, possibilidade ainda mais longínqua.
Há uma terceira opção: se o primeiro-companheiro não agüentar mais o sol e o sereno e exigir o peculiar “direito divino” dos tempos atuais. Dilma não se oporia, jamais admitindo contestar o criador. Cederia a vez, de bom ou de mau grado.
A indagação maior, assim, assenta raízes na afirmação do Lula diante de sua inviável candidatura ao governo de São Paulo:
“Vocês estão malucos?”
Essa reação jamais foi nem será ouvida quando petistas levantam a candidatura do ex-presidente ao palácio do Planalto. Maluco ninguém parece estar, mesmo ao supor seu retorno imediato. Poderão ser velhacos, se a proposta visa essencialmente impedir mais um mandato de Dilma, dada sua decisão de não dividir o governo em condomínio com o PT.
O BONDE ERRADO
Pode o senador Aécio Neves estar tomando o bonde errado no rumo de sua candidatura presidencial. Porque tem aparecido ao lado do ex-presidente Fernando Henrique, arvorado em guru de suas pretensões e empenhado em atrelar ao ex-governador de Minas pessoas e idéias do passado, como Pedro Malan e o neoliberalismo.
Continuando as coisas como vão, trata-se de uma fria, porque o plano de vôo de Aécio até o palácio do Planalto não deveria passar pelas nuvens carregadas que levaram os tucanos à derrota.
Afinal, PSDB significa social-democracia, apesar de o partido haver mergulhado nas profundezas do conservadorismo elitista e reacionário.
Por isso o Lula ganhou duas vezes e a Dilma, por enquanto, uma.
Tanto faz, pois a impressão é de que o Lula não pensa no palácio dos Bandeirantes, mesmo sabendo que, candidato, venceria no primeiro turno.
A crônica política da República aponta duas oportunidades em que ex-presidentes da República tornaram-se governadores de seus Estados.
No começo do século passado, Rodrigues Alves deixou o palácio do Catete depois de profícua administração e pouco depois viu-se levado ao palácio dos Campos Elíseos, por questão de política paulista.
Mais tarde, foi eleito outra vez presidente da Republica, mas não pode tomar posse por conta de doença fatal. Já Itamar Franco governou o país em substituição a Fernando Collor, voltou para as Gerais e elegeu-se para o palácio da Liberdade, de onde contestou Fernando Henrique, eleito presidente por sua decisão.
Nada haveria de inusitado se o Lula aceitasse candidatar-se à sucessão de Geraldo Alckmin, até enfrentando a reeleição do próprio. O importante é saber por que rejeitou o convite.
Quem quiser que discorde, mas a razão principal não é a vaidade de aceitar o “menos” depois de haver exercido o “mais”. Claro que o argumento pesa, em especial sobre personalidades lineares como o ex-presidente. No fundo, porém, repousa projeto maior: o Lula é mesmo candidato a voltar ao palácio do Planalto.
COISAS OBSCURAS
Aqui as coisas ficam um tanto obscuras. Repetidas vezes ele tem declarado ser a vez de Dilma Rousseff, em 2014. A reeleição seria um direito inquestionável da sucessora. Para ele, nessas condições, restaria esperar 2018, nem tão longe assim.
Só que… Só que se a popularidade de Dilma cair, hipótese remota, restaria ao PT entrar em campo com seu craque maior. Ou no caso de a presidente atual, por razoes pessoais, considerar cumprida sua missão, possibilidade ainda mais longínqua.
Há uma terceira opção: se o primeiro-companheiro não agüentar mais o sol e o sereno e exigir o peculiar “direito divino” dos tempos atuais. Dilma não se oporia, jamais admitindo contestar o criador. Cederia a vez, de bom ou de mau grado.
A indagação maior, assim, assenta raízes na afirmação do Lula diante de sua inviável candidatura ao governo de São Paulo:
“Vocês estão malucos?”
Essa reação jamais foi nem será ouvida quando petistas levantam a candidatura do ex-presidente ao palácio do Planalto. Maluco ninguém parece estar, mesmo ao supor seu retorno imediato. Poderão ser velhacos, se a proposta visa essencialmente impedir mais um mandato de Dilma, dada sua decisão de não dividir o governo em condomínio com o PT.
O BONDE ERRADO
Pode o senador Aécio Neves estar tomando o bonde errado no rumo de sua candidatura presidencial. Porque tem aparecido ao lado do ex-presidente Fernando Henrique, arvorado em guru de suas pretensões e empenhado em atrelar ao ex-governador de Minas pessoas e idéias do passado, como Pedro Malan e o neoliberalismo.
Continuando as coisas como vão, trata-se de uma fria, porque o plano de vôo de Aécio até o palácio do Planalto não deveria passar pelas nuvens carregadas que levaram os tucanos à derrota.
Afinal, PSDB significa social-democracia, apesar de o partido haver mergulhado nas profundezas do conservadorismo elitista e reacionário.
Por isso o Lula ganhou duas vezes e a Dilma, por enquanto, uma.
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