"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

FUX DISSE QUE VAI DEFENDER VOTAÇÃO DOS VETOS EM ORDEM CRONOLÓGICA

Ministro afirmou que Congresso criou um impasse que impediria a votação do orçamento

BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux afirmou nesta segunda-feira, 25, que defenderá no julgamento desta quarta-feira, 27, sua decisão de impor ao Congresso Nacional a votação em ordem cronológica dos vetos presidenciais.

"Eu particularmente tenho uma posição exteriorizada que é a manutenção da regra constitucional que estabelece que os vetos devem ser votados cronologicamente", afirmou nesta segunda-feira o ministro.


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Fux afirmou que sua decisão não obstrui a votação do orçamento, como interpretaram as lideranças governistas. "Dei uma interpretação bastante razoável entendendo que a atividade parlamentar em si não está interditada, apenas a votação dos vetos, que deve obedecer a uma ordem cronológica", disse.

O ministro acrescentou que a votação dos vetos à lei que alterou o repasse dos royalties do petróleo deve ocorrer apenas depois que os mais de 3 mil vetos pendentes sejam analisados.
"Tem que se obedecer à regra constitucional. Há inúmeros vetos pendentes", disse.

Fux disse que o Congresso criou por conta própria um impasse que impediria a votação do orçamento. Por isso decidiu levar o caso ao plenário do tribunal.

"Tendo em vista que houve, de forma espontânea, um impasse criado que está emperrando a atividade parlamentar, então vou levar para que o plenário possa eventualmente chancelar ou não a minha decisão", disse.
26 de fevereiro de 2013
Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo

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