Face lenhosa – Depois de um sumiço de pelo menos três meses, Luiz Inácio da Silva, o presidente-adjunto da República retomará a agenda política com viagens pelo País.
O objetivo desse périplo é reforçar o projeto de reeleição da companheira Dilma Rousseff, a quem continua dando ordens e em cujo governo palpita a todo instante, inclusive decidindo quem deve ser demitido e nomeado.
Engana-se, porém, quem pensa que Lula interromperá o silêncio a que aderiu por causa das acusações que o envolvem em escândalos de corrupção, como o Mensalão do PT e o Rosegate, que veio à tona com a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, e flagrou Rosemary Noronha, sua namorada (a afirmação é dela) e Marquesa de Garanhuns, na ponta de um esquema criminoso que vendia pareceres de agências reguladoras e de órgãos do governo federal.
Lula continuará na condição de fugitivo da imprensa, o que vem fazendo desde sua última viagem à Europa, onde, na Espanha, precisou deixar o hotel pela cozinha para não enfrentar os jornalistas que o aguardavam na porta de entrada.
Em suas viagens pelo Brasil, Lula evitará ao máximo o contato com o público e com a imprensa, falando apenas para partidários e conversando com líderes políticos regionais que venham a participar do plano de manter Dilma no Palácio do Planalto por mais quatro anos, depois de 2014.
Nesse período, o ex-presidente fará pelo menos dez seminários, cujo tema é “O decênio que mudou o Brasil”.
Ou seja, Lula viajará pelo País para continuar contestando o que os números e a realidade do cotidiano não deixam qualquer um mentir. Mas é preciso destacar que dependo do estágio a mitomania é irreversível.
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