"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 10 de fevereiro de 2013

MINISTROS DO SUPREMO TIRAM AS ESPERANÇAS DOS DEPUTADOS MENSALEIROS: OS QUATRO SERÃO MESMO CASSADOS

 

Em meio às discussões sobre o futuro dos quatro deputados condenados no julgamento do mensalão, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sustentam que não há brechas constitucionais para que a Câmara evite a cassação dos parlamentares.



No ano passado, o Supremo determinou a perda dos mandatos de João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), cabendo ao Legislativo apenas formalizar a decisão da corte.

Eleita semana passada, a nova cúpula da Câmara ainda não definiu como será o procedimento e ameaça submeter a cassação à votação secreta no plenário, onde existe a possibilidade de os deputados rejeitarem a cassação.
Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello disse não acreditar que a perda do mandato será anulada. “O novo presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves) disse que apreciará apenas formalidades. A decisão do Supremo é para ser cumprida. E acredito que vai ser cumprida”, disse.

O entendimento foi referendado por outros três ministros, que falaram à “Folha de S.Paulo” sob a condição de anonimato, e já foi defendido pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF. Nos bastidores, eles atribuem a polêmica ao ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), que defendeu abertamente a possibilidade de não cumprir a decisão. A Câmara será informada das cassações quando não houver mais chance de recurso.

(Transcrito do jornal O Tempo)
10 de fevereiro de 2013
 

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