Por 56 votos a 18, em um universo de 81 senadores, Renan Calheiros se tornou, facilmente, para vergonha nacional, Presidente do Senado no biênio 2013-2014.
Apoiada por PSDB, PPS, PSB e parte do DEM a candidatura de Pedro
Taques (PDT-MT) cumpriu apenas tabela no jogo de cartas marcadas.
O problema
institucional é que Renan venceu, mas não convenceu. Ainda mais no agradecimento
que ele fez ao antecessor, o imortal José Sarney:
"Foi ele quem nos conduziu da
escuridão da ditadura para a liberdade democrática".
Se Renan e Sarney são as luzes, e se liberdade democrática hoje significa um conluio para colocar na presidência do Senado um parlamentar que denunciado pela Procuradoria-Geral da República nos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso documento falso, então as trevas devem ser mais legais e esclarecedoras, O caso Renan agora está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski. O senador tem tudo para ser processado pelo Supremo Tribunal Federal. E aí teremos uma grave crise entre os poderes.
Se Renan e Sarney são as luzes, e se liberdade democrática hoje significa um conluio para colocar na presidência do Senado um parlamentar que denunciado pela Procuradoria-Geral da República nos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso documento falso, então as trevas devem ser mais legais e esclarecedoras, O caso Renan agora está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski. O senador tem tudo para ser processado pelo Supremo Tribunal Federal. E aí teremos uma grave crise entre os poderes.
A vitória (dele no Senado e de Henrique Eduardo Alves na Câmara –
ambos envolvidos em denúncias de corrupção) agrava o desgaste da imagem dos
políticos e do Congresso Nacional perante a opinião pública. Nas redes sociais,
centenas de milhares de internautas assinam petições e postam manifestos contra
a dupla dinâmica da politicagem tupiniquim.
A base de sustentação de ambos é
digna de um filme de terror de quinta categoria. Teremos dois anos de inferno
institucional até 2014, com uma campanha reeleitoral no meio.
Um dos maiores “cabos eleitorais públicos” de Renan Calheiros é o advogado e consultor José Dirceu de Oliveira e Silva. O pobre condenado injustamente como comandante da quadrilha do Mensalão (todo mundo sabe quem mandava acima dele) usou seu Blog do Zé para nos brindar com uma descabida teoria conspiratória.
Um dos maiores “cabos eleitorais públicos” de Renan Calheiros é o advogado e consultor José Dirceu de Oliveira e Silva. O pobre condenado injustamente como comandante da quadrilha do Mensalão (todo mundo sabe quem mandava acima dele) usou seu Blog do Zé para nos brindar com uma descabida teoria conspiratória.
Na visão míope de
Dirceu, Renan é alvo de uma "ofensiva midiática", respaldada pelo Ministério
Público Federal. Dirceu escatologizou que está em curso uma "campanha moralista
e udenista", para tentar "dividir a base de apoio do governo":
A temporada de negociatas & politicagens fica escancarada no Congresso. Na Câmara isto já está evidente desde já. Henrique Alves (PMDB-RN) alega ser intriga a denúncia de que ele distribui cargos para viabilizar sua favorita candidatura. Alves é alvo de denúncias de favorecimentos de aliados a partir do uso de recursos públicos. Por isto ele apanha tanto nesta campanha de cartas já devidamente marcadas pelo clientelismo e compadrio político.
Henriquinho (como é chamado) deve ganhar folgadamente o comando da Câmara. Já que tem o apoio de uns 460 dos 513 deputados de 16 partidos. As candidaturas adversárias de Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES) têm nenhuma chance. Da mesma forma que a candidatura alternativa e de protesto de Chico Alencar. Mas o deputado do Psol-RJ pelo menos joga Henrique no ventilador.
Uma carta escrita por Alencar, e assinada pelo líder do Psol Ivan Valente, deixa claro o que representa o atual processo eleitoral interno na Câmara: "o condomínio de poder que articula grandes empreiteiras, partidos da ordem e encomendas dos governos, e que não quer ser investigado - como revelou o melancólico fim da CPI Cachoeira. Afirmamos que há alternativas aos sócios da espantosa operação 'abafa' que se apresentam agora como candidatos 'imbatíveis' para a direção das Mesas do Congresso".
Chico Alencar foi claro na mensagem: "O PMDB da 'moral homogênea' (expressão do saudoso Márcio Moreira Alves) aspira dirigir as duas casas do Congresso e conta com o apoio da base do governo e da oposição conservadora. Seus candidatos são bem conhecidos não como notáveis, apesar de antigos e experientes parlamentares, mas como notórios frequentadores de territórios nebulosos na vida pública. Negamos o noticiário que dá suas vitórias como inevitáveis. Afirmamos que uma outra prática política é possível e necessária".
Renan e Henriquinho são dois nomes que ridicularizam o Legislativo. O poder vai ficar bem mais fraco que os demais. O Executivo, com Dilma Rousseff correndo atrás da reeleição presidencial vai demonstrar ainda mais poderio. O Judiciário, com o super Joaquim Barbosa, também. E a briga com o Legislativo deve se acentuar com a decisão de cassar automaticamente os deputados condenados no Mensalão assim que o tal “transitado em julgado” se efetivar.
Todo mundo sabe que Renan Calheiros é alvo de denúncia criminal no Supremo Tribunal Federal, e pode ser forçado a perder o “emprego” – como já ocorreu em 2007, com sua renúncia forçada. O presidente nacional e líder do DEM, José Agripino (RN), já cansou de falar que é preciso acreditar nas palavras do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, de acordo com as quais são "consistentes" as denúncias contra Renan.
Agripino justifica por que é uma temeridade respaldar o nome do alagoano: "Vamos votar em uma pessoa que pode sofrer um processo criminal? Se houver um confronto entre o STF e o Senado, quem vai pagar o pato é a instituição. Se a gente não se blinda, vai junto no calvário do presidente do Senado".
Latim
Da professora Mara Montezuma Assaf, freguentadora das cartas de leitores nos principais jornais, um erudito ataque ao Renan, apelando até para o latim:
"O Senado está corrompido? Senatus corrupta est? Ainda que com parcas esperanças, coloquei a frase com uma interrogação... Mas após a quase certa eleição de Renan para a presidência do Senado, retire-se esta , por favor, e coloque-se uma exclamação! Senatus corrupta est! E completo: Brasil est destructis, ou o Brasil está sendo destruído!”
E o abaixo-assinado virtual contra Renan continua bombando:http://www.avaaz.org/po/petition/Um_presidente_fichalimpa_para_o_Senado_Nao_a_volta_de_Renan_Calheiros/?eoJGUab
Piada do Zé
Com direitos políticos automaticamente cassados pela condenação no Mensalão, José Dirceu de Oliveira e Silva parece sério candidato a humorista.
O velho amigo da Rosemary, em escala abaixo de Lula, protestou em seu Blog do Zé que o senador Renan Calheiros é vítima de campanha de falso moralismo orquestrada pela mídia e por grupos organizados.
Se continuar nessa balada, Dirceu acaba contratado para atuar no quadro do buraco do metrô da Dilma, no programa Zorra Total da Rede Globo...
A temporada de negociatas & politicagens fica escancarada no Congresso. Na Câmara isto já está evidente desde já. Henrique Alves (PMDB-RN) alega ser intriga a denúncia de que ele distribui cargos para viabilizar sua favorita candidatura. Alves é alvo de denúncias de favorecimentos de aliados a partir do uso de recursos públicos. Por isto ele apanha tanto nesta campanha de cartas já devidamente marcadas pelo clientelismo e compadrio político.
Henriquinho (como é chamado) deve ganhar folgadamente o comando da Câmara. Já que tem o apoio de uns 460 dos 513 deputados de 16 partidos. As candidaturas adversárias de Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES) têm nenhuma chance. Da mesma forma que a candidatura alternativa e de protesto de Chico Alencar. Mas o deputado do Psol-RJ pelo menos joga Henrique no ventilador.
Uma carta escrita por Alencar, e assinada pelo líder do Psol Ivan Valente, deixa claro o que representa o atual processo eleitoral interno na Câmara: "o condomínio de poder que articula grandes empreiteiras, partidos da ordem e encomendas dos governos, e que não quer ser investigado - como revelou o melancólico fim da CPI Cachoeira. Afirmamos que há alternativas aos sócios da espantosa operação 'abafa' que se apresentam agora como candidatos 'imbatíveis' para a direção das Mesas do Congresso".
Chico Alencar foi claro na mensagem: "O PMDB da 'moral homogênea' (expressão do saudoso Márcio Moreira Alves) aspira dirigir as duas casas do Congresso e conta com o apoio da base do governo e da oposição conservadora. Seus candidatos são bem conhecidos não como notáveis, apesar de antigos e experientes parlamentares, mas como notórios frequentadores de territórios nebulosos na vida pública. Negamos o noticiário que dá suas vitórias como inevitáveis. Afirmamos que uma outra prática política é possível e necessária".
Renan e Henriquinho são dois nomes que ridicularizam o Legislativo. O poder vai ficar bem mais fraco que os demais. O Executivo, com Dilma Rousseff correndo atrás da reeleição presidencial vai demonstrar ainda mais poderio. O Judiciário, com o super Joaquim Barbosa, também. E a briga com o Legislativo deve se acentuar com a decisão de cassar automaticamente os deputados condenados no Mensalão assim que o tal “transitado em julgado” se efetivar.
Todo mundo sabe que Renan Calheiros é alvo de denúncia criminal no Supremo Tribunal Federal, e pode ser forçado a perder o “emprego” – como já ocorreu em 2007, com sua renúncia forçada. O presidente nacional e líder do DEM, José Agripino (RN), já cansou de falar que é preciso acreditar nas palavras do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, de acordo com as quais são "consistentes" as denúncias contra Renan.
Agripino justifica por que é uma temeridade respaldar o nome do alagoano: "Vamos votar em uma pessoa que pode sofrer um processo criminal? Se houver um confronto entre o STF e o Senado, quem vai pagar o pato é a instituição. Se a gente não se blinda, vai junto no calvário do presidente do Senado".
Latim
Da professora Mara Montezuma Assaf, freguentadora das cartas de leitores nos principais jornais, um erudito ataque ao Renan, apelando até para o latim:
"O Senado está corrompido? Senatus corrupta est? Ainda que com parcas esperanças, coloquei a frase com uma interrogação... Mas após a quase certa eleição de Renan para a presidência do Senado, retire-se esta , por favor, e coloque-se uma exclamação! Senatus corrupta est! E completo: Brasil est destructis, ou o Brasil está sendo destruído!”
E o abaixo-assinado virtual contra Renan continua bombando:http://www.avaaz.org/po/petition/Um_presidente_fichalimpa_para_o_Senado_Nao_a_volta_de_Renan_Calheiros/?eoJGUab
Piada do Zé
Com direitos políticos automaticamente cassados pela condenação no Mensalão, José Dirceu de Oliveira e Silva parece sério candidato a humorista.
O velho amigo da Rosemary, em escala abaixo de Lula, protestou em seu Blog do Zé que o senador Renan Calheiros é vítima de campanha de falso moralismo orquestrada pela mídia e por grupos organizados.
Se continuar nessa balada, Dirceu acaba contratado para atuar no quadro do buraco do metrô da Dilma, no programa Zorra Total da Rede Globo...
Dane-se o avião
Luiz Inácio Lula da Silva viajou a Cuba “inteiramente di grátis” no luxuoso jatinho da transnacional baiana Odebrecht.
Além de agradar ao parceirão $talinácio, a empreiteira o usou como uma espécie de “relações públicas” com os irmãos Castro.
Usando financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento do Estado Socialista), a Odebrechtr toca as obras do Porto de Mariel – que foram visitadas pelo presidente Raul Castro, na animada companhia de Lula.
Aliás, será que, depois de visitar o empreendimento cubano da Odebrecht e a obra do Porto do Açu do amigo Eike Batista, o presidente do Instituto Lula não está querendo algum emprego de mestre de obra portuária?
O buraco é deles
No maravilhoso mundo das empreiteiras, fofoca-se ser pule de 10 que a Odebrecht vai ganhar a concorrência internacional do governo de São Paulo para construir a linha 6 do Metrô.
Fazendo a ligação entre a estação São Joaquim (zona Sul) até Brasilândia (zona Norte), o negócio tem um investimento previsto de R$ 7,8 bilhões, com prazo de entrega para 2018.
O consórcio a ser pilotado pela empresa presidida por Marcelo Odebrecht topa até bancar toda a obra, pois sabe que a linha 6 será uma das mais rentáveis do mundo, com demanda inicial de 634 mil passageiros por dia.
Geraldo pragmático
O governador Geraldo Alckmin não quer saber de briga – e sim de grana – do governo federal.
O Governo do Estado de São Paulo e o Banco do Brasil firmam nesta, às 12h, no Palácio dos Bandeirantes, um protocolo de intenções que prevê financiamentos para projetos nas áreas de transportes, meio ambiente, rodovias e saneamento.
Participam do ato o governador Alckmin, o Secretário da Fazenda, Andrea Calabi, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e o Superintendente Estadual de Governo da instituição, Evaldo Borges.
Atentado de Santa Maria
Roberto Godoy, do Estadão, revela o fundamental papel de nossas forças armadas no resgate de vítimas e no socorro aos feridos no trágico incêncio da boite Kiss, em Santa Maria.
O resgate, o atendimento e a remoção dos feridos seguiram procedimentos militares, próprios de crises.
Soldados da 3ª Divisão de Exército chegaram ao prédio quando tudo ainda estava fumegante.
Papel da FAB
Uma espécie de centro C3 (Comando, Controle, Comunicações) coordenou a operação com 1.300 militares.
Atuaram no socorro e tratamento de vítimas nada menos que 64 médicos só da Aeronáutica - especialistas no atendimento a queimados, traumatologistas e intensivistas, com suporte de seus times de enfermagem.
O socorro aéreo teve até ajuda dos aviões Blackhawks (que pousam verticalmente) e fizeram uma ponte entre Santa Maria, descendo no Parque Farroupilha, ao lado de dois grandes hospitais.
Grana, sem ela
Embora tenha o sobrenome Grana, Carlos, o prefeito petista de Santo André propagandeia que está sem ela.
A Secretaria de Finanças confirma a existência de déficit na ordem de R$ 110,4 milhões, herdado da gestão anterior.
A cidade do falecido Celso Daniel é a 10a. economia do Estado de São Paulo, com orçamento de R$ 2,4 bilhões para 2013.
Nota fiscal paulista
Um total de 181.354 usuários cadastrados na Nota Fiscal Paulista destinaram, durante outubro de 2012, R$ 36.976.959,03 para abatimento ou quitação total do IPVA 2013.
Agora em fevereiro, a Secretaria estadual da Fazenda devolverá R$ 47.500,00 a 6.198 contribuintes que utilizaram créditos para pagar todo o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores.
O valor corresponde ao desconto de 3% pelo pagamento à vista do tributo.
Acabou o papel...
A partir de segunda-feira, as ações propostas nas 45 varas cíveis do Fórum João Mendes Júnior, em São Paulo, só poderão ser feitas por meio eletrônico.
O advogado precisa ter uma certificação digital para sair da Era da papelada.
O sistema vai diminuir bastante o trânsito dos causídicos pelo fórum, além de poupar o tempo deles, sem deslocamentos físicos para protocolar petições.
Dois ou três?
Bruno Senna ainda reuúne patrocinadores para conseguir uma vaga na Force India para disputar o Mundial 2013 da Fórmula 1.
Outro brasileiro, Luiz Razia, será anunciado hoje como piloto da lentíssima Marussia.
Com Razia confirmado e Felipe Massa confiante em uma temporada melhor pela Ferrari, se Senna emplacar a Rede Globo vai poder torcer por três pilotos para turbinar a audiência (em queda) da F1.
Possibilidade
O nome de Senna pode ou não ser confirmado logo mais.
A Force India lança seu novo carro em Silverstone – circuito inglês em que o tio de Bruno, o imortal Ayrton Senna, adorava correr.
Nesta sexta-feira, Felipe Massa participa com Fernando Alonso do lançamento da nova Ferrari F138, em Maranello.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
01 de fevereiro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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