AVANTESMA* x O BONITÃO
Na cerimônia comemorativa da auto-suficiência brasileira em petróleo (21/4/2006), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fazendo campanha política para a reeleição, imitou Getúlio Vargas (1882-1954) ao sujar as mãos no óleo, citou Tiradentes e disse que a marca constitui uma “outra independência”, um “marco estrutural no desenvolvimento brasileiro”, dividindo a história do país em “antes e depois”.
Sob aplausos e conclamado a disputar mais uma eleição com gritos de “um, dois, três, Lula outra vez” pela platéia de convidados da Petrobras, o presidente criticou ainda as elites, que à época desacreditaram no êxito da exploração do petróleo no país e agora “desdenham do esforço do governo” de inclusão social.
A cerimônia comemorativa foi dividida em duas etapas. A primeira foi na bacia de Campos, a 278 km do Rio. Na plataforma de Campos, à qual só fotógrafos e cinegrafistas tiveram acesso, Lula inaugurou a produção de petróleo da plataforma P-50, momento em que repetiu um ato do ex-presidente Getúlio Vargas, em 1952: Lula molhou as mãos no óleo e imprimiu as marcas em macacões de funcionários da Petrobras.
A Radiobrás, agência de informação estatal, colocou até a foto histórica de Getúlio em seu site, ao lado da de Lula
Nesse dia 31/1/2013 o jornalista Carlos Alberto Sardemberg mostra que a afirmação de Lula feita há 8 anos não passava de mais uma de suas balelelas, pois a auto suficiência jamais existiu.
Como o governo Dilma segura os preços internos para conter a inflação, a Petrobras se vê na situação esdrúxula de comprar caro e vender barato — que perdura mesmo depois do reajuste anunciado na última terça” (Leia a íntegra em A Petrobras perdeu até o senso)
Fato é, que sob a direção do bonitão Sergio Gabrielli, a estatal sofreu um processo de destruição pelo o aparelhamento, incompetência e desonestidade.
O “gracioso” avantesma, que ficou em seu lugar, chegou com a fama de competente, todavia não consegue tirar a estatal do buraco.
A Petrobrás está à beira da inadimplência e provocando um efeito dominó, o atraso em seus pagamentos põem em dificuldade as empresas que lhe prestam serviços, algumas como a Tenace Engenharia, que com 90 por cento de faturamento oriundo da estatal, viu-se obrigada a pedir falência no fim do ano passado.
Este é partido que tinha chegado para “mudar tudo isso que está aí”, mudou sim, mas para pior consegui colocar na beira do abismo a maior empresa brasileira e décima segunda do mundo.
01 de fevereiro de 2013
Giulio Sanmartini
PS.
* Pessoa ou coisa que assusta
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