"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 27 de março de 2013

"ROLANDO LERO" EM AÇÃO

Lula justifica a corrupção do PT, alegando que é menor do que a dos outros partidos.

 
Ao tratar do tema da reforma política durante um debate promovido pelo jornal “Valor Econômico em São Paulo, o ex-presidente Lula justificou a corrupção praticada pelo governo do PT com uma curiosa argumentação. Disse que as pessoas devem ter cuidado com aqueles políticos que usam o combate à corrupção como bandeira de campanha. “Podem ser piores que quem está sendo acusado”.


Foi adiante, naquele seu estilo de “Rolando Lero” em versão política. E defendeu que o financiamento privado de campanha se torne crime inafiançável, esquecido de que o PT tem sido o partido mais financiado por empreiteiras, banqueiros e empresários nacionais e estrangeiros.

“Nós precisamos de uma reforma política. Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado”, defendeu o ex-presidente.

DESMEMORIADO

Esquecido também de que o governo tem ampla maioria no Congresso, que possibilita a aprovação de qualquer projeto de interesse do Planalto, Lula ressaltou a dificuldade de a reforma política ser concretizada porque, segundo ele, aqueles que estão no Congresso querem manter o “status quo”.

Defendeu então que se convoque uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para a discussão de uma reforma política. “Se o Congresso não aprovar a reforma, teríamos de ter uma Constituinte só para isso”, disse o petista

Lula também defendeu o fortalecimento dos partidos políticos e criticou as “legendas de aluguel”, que existem “só para vender espaço na TV e fazer negociata no Congresso”. “Partido tem de ser representativo de uma parte da sociedade”, disse ele, fazendo dissertações sobre o óbvio.

27 de março de 2013
Carlos Newton

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