Para a presidente brasileira, essa é uma questão datada. “Não achamos que a inflação está fora de controle. Pelo contrário, ela está controlada”.
“Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar a doença é complicado. Vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado. Isso eu acho que é uma política superada”, frisou, acrescentando:
“Isso não significa que o governo não está atento. Não só estamos atentos, como acompanhamos diuturnamente a questão da inflação. Não achamos que a inflação está fora de controle. Pelo contrário, ela está controlada. O que há são alterações e flutuações conjunturais. Mas nós estaremos sempre atentos.”
CRESCIMENTO
“Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico. Até porque temos a contraprova dada pela realidade. Tivemos um baixo crescimento no ano passado e houve um aumento de inflação, porque teve um choque de oferta devido à crise, e um dos fatores é externo. Não tem nada que possamos fazer a não ser expandir a nossa produção para conter o aumento dos preços das commodities derivado da quebra de safra nos Estados Unidos”, salientou.
A presidente criticou os analistas econômicos que pensam de modo oposto. “São sempre as mesmas vozes, você não ouviu isso do governo. Não achamos que há essa relação.” Dilma também afirmou que a recuperação do crescimento é um resultado de iniciativas do governo.
Quanto à absurda e desumana tese de se aumentar a taxa de desemprego para reduzir a inflação, foi tatativa em enfatizar que a questão do pleno emprego será resolvida com aumento da capacitação da mão-de-obra. “Você vai resolver, não é reduzindo o crescimento.
Nós temos uma demanda grande por emprego mais especializado, de maior qualidade, e temos uma sobra de emprego menos especializados. Estamos fazendo junto com o setor privado, um grande programa de especialização.”
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