Outra pessoa também foi detida após tentar invadir o gabinete do presidente da Comissão de Direitos Humanos
BRASÍLIA - Dois manifestantes foram detidos na tarde desta quarta-feira na Câmara durante protestos contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Após ter sido chamado de racista, o presidente da comissão pediu aos seguranças que prendessem Marcelo Reges, integrante de uma ONG de defesa dos direitos dos gays, que participava da sessão. Mais tarde, Allysson Rodrigues Prata foi detido ao tentar invadir o gabinete do deputado. Os dois foram levados para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa.
Durante a sessão, a confusão começou quando Reges se dirigiu a um dos convidados que participavam do debate na comissão e afirmou que ele estava falando para um racista, se referindo a Feliciano. O presidente da comissão, em resposta, se dirigiu aos seguranças da Câmara, disse que “racismo é crime” e pediu que o manifestante fosse preso.
Apesar de Feliciano ter pedido que o manifestante fosse preso por desacato, segundo a assessoria de imprensa da Câmara, Marcelo Reges foi levado a prestar depoimento sob a acusação de ter cometido uma ofensa à honra.
Nesse caso, Feliciano também deverá prestar depoimento e caberá ao deputado fazer uma representação contra o manifestante. Não pode haver prisão em flagrante por crime de ofensa à honra, explicou a assessoria de imprensa.
Por causa da confusão, Feliciano suspendeu a sessão por cinco minutos, transferiu para outra sala, e determinou que apenas parlamentares, debatedores e a imprensa ficassem na sala, deixando os manifestantes de fora.
Antes do fim da audiência, cerca de 50 pessoas, que não podiam mais ficar no plenário após determinação de Feliciano, tentaram invadir o gabinete do deputado, mas foram impedidos pela segurança.
Eles também não puderam ficar no corredor das salas de audiência das comissões, que foi bloqueado por seguranças. No salão que antecede o corredor das comissões, os manifestantes seguiram protestando. Eles cantavam frases como “eira, eira, eira, minha família é macumbeira” e “ei, ei, ei, minha família é gay”.
Marcelo Reges é integrante da ONG de defesa dos diretos LGBT que se chama Triângulo Rosa. Ele foi levado a prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa. A deputada Érika Kokai (PT-DF) acompanhou o depoimento junto com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ambos integrantes da Comissão de Direitos Humanos.
Segundo Érika, Marcelo relatou que veio protestar contra Feliciano na comissão pois afirmou que já “sentiu muito na pele” o fato de ser homossexual.
Feliciano inicia sessão com pedido de desculpas aos convidados
Antes da sessão, manifestantes favoráveis e contrários a Feliciano se aglomeravam na porta do plenário onde acontecia a audiência. Os evangélicos cantavam músicas religiosas, enquanto os manifestantes do grupo de apoio ao movimento LGBT protestavam contra o deputado, separados por seguranças da Câmara.
Feliciano recebeu os cinco convidados para a sessão - que hoje tinha na pauta a contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da Purificação (BA) - e os parabenizou pelo “esforço e coragem de vir aqui”.
- Vivemos um momento ímpar da democracia. Os senhores puderam constatar o nível de democracia aplicado por um segmento (LGBT). Eles nem param para nos ouvir e impedem nossa entrada. Vou pedir medida cautelar junto ao presidente da Câmara - afirmou Feliciano.
O deputado Nilmário Miranda (PT-MG), fundador da comissão, pediu a palavra antes dos convidados. Ele pediu desculpas a eles e afirmou que em 18 anos de comissão essa é a primeira vez que convidados se envolvem em um “constrangimento como esse”.
Miranda afirmou que essa dificuldade em desenvolver os trabalhos da comissão só será resolvida quando houver uma discussão séria sobre o futuro da comissão.
Desde que Feliciano assumiu a presidência, a comissão não conseguiu realizar votações ou levar debates adiante devido aos protestos contra o pastor na presidência do colegiado.
O debate desta quarta-feira foi proposto pelo deputado Roberto de Lucena (PV-SP).
Segundo parlamentares da comissão, a população da cidade vem sofrendo nos últimos 40 anos as consequências da poluição e a contaminação pelo chumbo e cádmio, em nível endêmico.
Por causa do excesso de metais na água e no solo, foram identificadas doenças como anemia, câncer de pulmão, lesões renais, hipertensão arterial, doenças cerebrovasculares e alterações psicomotoras.
Antes de ir à Câmara para presidir a sessão, Feliciano (PSC-SP) compareceu à embaixada da Indonésia para conversar com o embaixador sobre a situação de dois brasileiros que estariam condenados à morte no país. Abordado por repórteres, o pastor criticou a imprensa, dizendo que os jornalistas estão “falando besteira e coisas que não existem”. Aproveitou para confirmar que não vai renunciar “de jeito nenhum”.
Após ter sido chamado de racista, o presidente da comissão pediu aos seguranças que prendessem Marcelo Reges, integrante de uma ONG de defesa dos direitos dos gays, que participava da sessão. Mais tarde, Allysson Rodrigues Prata foi detido ao tentar invadir o gabinete do deputado. Os dois foram levados para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa.
Durante a sessão, a confusão começou quando Reges se dirigiu a um dos convidados que participavam do debate na comissão e afirmou que ele estava falando para um racista, se referindo a Feliciano. O presidente da comissão, em resposta, se dirigiu aos seguranças da Câmara, disse que “racismo é crime” e pediu que o manifestante fosse preso.
Apesar de Feliciano ter pedido que o manifestante fosse preso por desacato, segundo a assessoria de imprensa da Câmara, Marcelo Reges foi levado a prestar depoimento sob a acusação de ter cometido uma ofensa à honra.
Nesse caso, Feliciano também deverá prestar depoimento e caberá ao deputado fazer uma representação contra o manifestante. Não pode haver prisão em flagrante por crime de ofensa à honra, explicou a assessoria de imprensa.
Por causa da confusão, Feliciano suspendeu a sessão por cinco minutos, transferiu para outra sala, e determinou que apenas parlamentares, debatedores e a imprensa ficassem na sala, deixando os manifestantes de fora.
Antes do fim da audiência, cerca de 50 pessoas, que não podiam mais ficar no plenário após determinação de Feliciano, tentaram invadir o gabinete do deputado, mas foram impedidos pela segurança.
Eles também não puderam ficar no corredor das salas de audiência das comissões, que foi bloqueado por seguranças. No salão que antecede o corredor das comissões, os manifestantes seguiram protestando. Eles cantavam frases como “eira, eira, eira, minha família é macumbeira” e “ei, ei, ei, minha família é gay”.
Marcelo Reges é integrante da ONG de defesa dos diretos LGBT que se chama Triângulo Rosa. Ele foi levado a prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa. A deputada Érika Kokai (PT-DF) acompanhou o depoimento junto com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ambos integrantes da Comissão de Direitos Humanos.
Segundo Érika, Marcelo relatou que veio protestar contra Feliciano na comissão pois afirmou que já “sentiu muito na pele” o fato de ser homossexual.
Feliciano inicia sessão com pedido de desculpas aos convidados
Antes da sessão, manifestantes favoráveis e contrários a Feliciano se aglomeravam na porta do plenário onde acontecia a audiência. Os evangélicos cantavam músicas religiosas, enquanto os manifestantes do grupo de apoio ao movimento LGBT protestavam contra o deputado, separados por seguranças da Câmara.
Feliciano recebeu os cinco convidados para a sessão - que hoje tinha na pauta a contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da Purificação (BA) - e os parabenizou pelo “esforço e coragem de vir aqui”.
- Vivemos um momento ímpar da democracia. Os senhores puderam constatar o nível de democracia aplicado por um segmento (LGBT). Eles nem param para nos ouvir e impedem nossa entrada. Vou pedir medida cautelar junto ao presidente da Câmara - afirmou Feliciano.
O deputado Nilmário Miranda (PT-MG), fundador da comissão, pediu a palavra antes dos convidados. Ele pediu desculpas a eles e afirmou que em 18 anos de comissão essa é a primeira vez que convidados se envolvem em um “constrangimento como esse”.
Miranda afirmou que essa dificuldade em desenvolver os trabalhos da comissão só será resolvida quando houver uma discussão séria sobre o futuro da comissão.
Desde que Feliciano assumiu a presidência, a comissão não conseguiu realizar votações ou levar debates adiante devido aos protestos contra o pastor na presidência do colegiado.
O debate desta quarta-feira foi proposto pelo deputado Roberto de Lucena (PV-SP).
Segundo parlamentares da comissão, a população da cidade vem sofrendo nos últimos 40 anos as consequências da poluição e a contaminação pelo chumbo e cádmio, em nível endêmico.
Por causa do excesso de metais na água e no solo, foram identificadas doenças como anemia, câncer de pulmão, lesões renais, hipertensão arterial, doenças cerebrovasculares e alterações psicomotoras.
Antes de ir à Câmara para presidir a sessão, Feliciano (PSC-SP) compareceu à embaixada da Indonésia para conversar com o embaixador sobre a situação de dois brasileiros que estariam condenados à morte no país. Abordado por repórteres, o pastor criticou a imprensa, dizendo que os jornalistas estão “falando besteira e coisas que não existem”. Aproveitou para confirmar que não vai renunciar “de jeito nenhum”.
27 de março de 2013
Evandro Éboli, Isabel Braga - O Globo
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