Venezuela: o que fazer?
Internacional - América Latina
Ante este sombrio panorama não temos outra opção que, sob protesto, reafirmar nossa vontade democrática e ir votar em 14 de abril e apoiar a valente luta que Henrique Capriles fará para resgatar os valores fundamentais de nossa sociedade.
Não nos referimos nesta ocasião ao famoso texto de Lenin, senão à resposta que se deveria dar frente ao incomensurável abuso de poder que vieram praticando descaradamente os herdeiros de Chávez.
Ninguém em seu juízo perfeito pode negar a evidência do controle absoluto que o governo dispõe sobre todos os órgãos do Estado. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) converteu-se praticamente em um ministério eleitoral a serviço do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), não se cumpriu com o disposto na Constituição para designar o cargo vacante de Controlador Geral da República, o Ministério Público só se ativa quando recebe ordens precisas provenientes de Miraflores, a Assembléia não reflete o resultado do voto popular uma vez que os que perderam as eleições legislativas são, por umas manobras arteiras para alterar a representação popular, maioria. A Força Armada se confessa chavista e intervém descaradamente no debate político e por último, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) interpreta a Constituição de maneira atropelada para assegurar a perpetuação do chavismo sem Chávez no poder.
Frente a estes fatos perversos que são o embrião de um Estado totalitário, o que quê devemos fazer, os que acreditamos, do mesmo modo que Churchill, que “a democracia é o menos mal dos sistemas políticos”?
Em primeiro lugar, não silenciar sobre o abuso de poder, denunciar sistematicamente as violações à Constituição, exigir que o CNE responda à verdadeira distribuição política dos votos e não continue sendo um dócil instrumento do governo, reclamar as contínuas e persistentes violações dos direitos humanos, assinalar as conseqüências negativas para todos da desacertada política econômica do governo que nos converte em venezuelanos mais pobres, e culpar o governo por não saber enfrentar a violência desmedida que ganha cada dia que passa mais mortes.
Ante este sombrio panorama não temos outra opção que, sob protesto, reafirmar nossa vontade democrática e ir votar em 14 de abril e apoiar a valente luta que Henrique Capriles fará para resgatar valores fundamentais de nossa sociedade como são a tolerância, o diálogo, a combinação e a responsabilidade de administrar os recursos do Estado em benefício de todos e não de um só segmento.
A luta será desigual, os abusos estarão na ordem do dia, porém a única coisa que não podemos nos permitir é nos render incondicionalmente. O país não se acabará no dia 14, a menos que renunciemos a lutar pelo restabelecimento de uma verdadeira democracia em nosso país. Por isso, e apesar de todos os obstáculos, temos que apoiar Capriles e não deixar de votar nesse domingo crucial pelo nosso futuro.
21 de março de 2013
Editorial do Analitica.com
Tradução: Graça Salgueiro
Internacional - América Latina
Ninguém em seu juízo perfeito pode negar a evidência do controle absoluto que o governo dispõe sobre todos os órgãos do Estado. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) converteu-se praticamente em um ministério eleitoral a serviço do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), de Chávez.
Ante este sombrio panorama não temos outra opção que, sob protesto, reafirmar nossa vontade democrática e ir votar em 14 de abril e apoiar a valente luta que Henrique Capriles fará para resgatar os valores fundamentais de nossa sociedade.
Não nos referimos nesta ocasião ao famoso texto de Lenin, senão à resposta que se deveria dar frente ao incomensurável abuso de poder que vieram praticando descaradamente os herdeiros de Chávez.
Ninguém em seu juízo perfeito pode negar a evidência do controle absoluto que o governo dispõe sobre todos os órgãos do Estado. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) converteu-se praticamente em um ministério eleitoral a serviço do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), não se cumpriu com o disposto na Constituição para designar o cargo vacante de Controlador Geral da República, o Ministério Público só se ativa quando recebe ordens precisas provenientes de Miraflores, a Assembléia não reflete o resultado do voto popular uma vez que os que perderam as eleições legislativas são, por umas manobras arteiras para alterar a representação popular, maioria. A Força Armada se confessa chavista e intervém descaradamente no debate político e por último, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) interpreta a Constituição de maneira atropelada para assegurar a perpetuação do chavismo sem Chávez no poder.
Frente a estes fatos perversos que são o embrião de um Estado totalitário, o que quê devemos fazer, os que acreditamos, do mesmo modo que Churchill, que “a democracia é o menos mal dos sistemas políticos”?
Em primeiro lugar, não silenciar sobre o abuso de poder, denunciar sistematicamente as violações à Constituição, exigir que o CNE responda à verdadeira distribuição política dos votos e não continue sendo um dócil instrumento do governo, reclamar as contínuas e persistentes violações dos direitos humanos, assinalar as conseqüências negativas para todos da desacertada política econômica do governo que nos converte em venezuelanos mais pobres, e culpar o governo por não saber enfrentar a violência desmedida que ganha cada dia que passa mais mortes.
Ante este sombrio panorama não temos outra opção que, sob protesto, reafirmar nossa vontade democrática e ir votar em 14 de abril e apoiar a valente luta que Henrique Capriles fará para resgatar valores fundamentais de nossa sociedade como são a tolerância, o diálogo, a combinação e a responsabilidade de administrar os recursos do Estado em benefício de todos e não de um só segmento.
A luta será desigual, os abusos estarão na ordem do dia, porém a única coisa que não podemos nos permitir é nos render incondicionalmente. O país não se acabará no dia 14, a menos que renunciemos a lutar pelo restabelecimento de uma verdadeira democracia em nosso país. Por isso, e apesar de todos os obstáculos, temos que apoiar Capriles e não deixar de votar nesse domingo crucial pelo nosso futuro.
21 de março de 2013
Editorial do Analitica.com
Tradução: Graça Salgueiro
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