Muito boa a crítica (construtiva) de Percival Puggina aos diversos "vales" da época de FHC (vale-filho, vale-leite, vale-gás) que foram "arredondados" para Bolsa-Família na era PT.
Continua um programa sem saída: a mãe não é obrigada a nenhuma contrapartida. As crianças continuam trabalhando para sustentar a família, analfabetas, sem saúde, sem direito a nada; só não vê isso quem não quer.
Aí, vem um "luminar" e diz que nos países desenvolvidos é reconhecida a função social da matenidade – sim, caras-pálidas, mas lá existe um sistema fiscal, para fiscalizar se a criança está frequentando a escola, se a mãe está fumando crack com o dinheiro ganho.
Clama por divulgação a história das costureiras do Ceará: lá, a indústria têxtil tem um grande peso na economia do Estado e os empresários do setor estavam precisando de mão-de-obra.
Para isso, procuraram o governador Cid Gomes e propuseram um acordo: juntamente com o Senai, o governo ofereceu um curso de qualificação de costureira e, em contrapartida, após o curso, os empresários tinham 500 postos de trabalho para serem preenchidos por essas mulheres.
A única exigência do governador: as vagas teriam que ser destinadas a 500 mulheres clientes do programa do governo federal Bolsa-Família! Terminado o curso, os empresários esperavam assinar 500 carteiras de trabalho, remuneração de 1 salário mínimo + benefícios…
A primeira dificuldade surgiu aí: as mulheres só aceitavam o emprego se "recebessem por fora", sem anotação na carteira. Por quê? Porque, com a carteira assinada, "perderiam" a Bolsa-Família. Resultado: nenhuma, repito, nenhuma carteira assinada… Elas preferem receber o bolsa-família a trabalhar.
21 de março de 2013
Dione Castro da Silva
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