Na campanha do MP contra a PEC 37, a generalização contra os deputados. Deputados colocados como ladrões. Todos os deputados. Mesmo os bons deputados. A pergunta que fica é: a quem interessa enfraquecer o Congresso?
Ninguém quer impunidade. Nem de político, muito menos de promotor. No entanto, o MP chama a PEC 37 de PEC da Impunidade.
No seu movimento de resistência, que é democrático, já torna todos os políticos culpados, corruptos, venais, mesmo sabendo que existem deputados e senadores honestos, responsáveis e competentes.
Eles querem ficar impunes, bradam os procuradores contra os políticos. Nós somos os guardiões do interesse público.
A pergunta que fica é: os únicos? A forma como o MP está levando o debate da PEC 37 é o mesmo estilo da sua ação lá na rua, onde age como um movimento social, criando toda a sorte de factóides para emoldurar apoio sensacionalista a causas muitas vezes injustas.
O apoio do MP ao MST é uma excrescência. O apoio do MP às demarcações de terras indígenas peitando o STF é nojento. O apoio do MP contra ações de reintegração de posse é vergonhoso. O apoio do MP a ONGS internacionais com ações de inconstitucionalidades contra o Código Florestal é repulsivo. Estes casos estão relacionados apenas com a agropecuária.
E dão todo o direito aos mais de 200 parlamentares da Frente da Agropecuária para votarem em peso a favor da PEC 37.
Não é diferente a perseguição que o MP move contra outros setores da economia nacional e contra outros direitos constitucionais, sempre agindo em nome das generalidades da Constituição tipo assim "função social da terra".
A operação marqueteira que o MP lançou na última terça-feira, em todo o Brasil, com o objetivo de pressionar políticos e neles grudar a pecha de corruptos não é nada diferente do Abril Vermelho do MST.
O MP, como instituição, é arrogante, petulante, age como se fizesse parte de uma casta superior. Não é. A PEC 37 faz parte da democracia. O MP não se relaciona muito bem com ela. O MP tem agido como se estivesse acima das leis e dos pobres mortais.
Acima de outras instituições dignas como a Polícia Federal. É hora de alguém botar a mão na sua cabeça. Que seja o Congresso Nacional. Bem ou mal, ao contrário deste MP que aí está, o meu deputado e o meu senador me representam.
Posso mudá-los. Um promotor não. Se um promotor quiser ficar a vida inteira me perseguindo, por exemplo, por não gostar do meio jeito ruralista de ser, pode. Pode me investigar e me deixar sob suspeita o resto dos meus dias. Pode até mesmo não arquivar uma ação finda em outras instâncias, apenas para manter a chaga aberta. É isso que tem que acabar.
Este MP que aí está fez por merecer a PEC 37. Aliás, do jeito que está reagindo à democracia, já está merecendo uma PEC 38.
12 de abril de 2013
in coroneLeaks
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