"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 18 de junho de 2013

MILHARES VÃO ÀS RUAS 'CONTRA TUDO'. GRUPOS ATINGEM PALÁCIOS

CONTRA

ONDA DE PROTESTOS ATINGE 12 CAPITAIS, NA MAIOR MOBILIZAÇÃO DEPOIS DO 'FORA COLLOR' * PALÁCIO DOS BANDEIRANTES E CONGRESSO VIRAM ALVO * SP REÚNE 65 MIL E TERÁ NOVO ATO HOJE
 
 
 
Dilma, Alckmin, Haddad, Cabral, Sarney, Feliciano, partidos políticos, corrupção, polícia, violência, saúde, educação, cotas, inflação, imprensa, Fifa, Copa do Mundo e, é claro, transporte público.
 
As manifestações que ganharam corpo em São Paulo desde o último dia 6 contra o reajuste das tarifas de transporte tomaram o país ontem e se tornaram um enorme protesto contra tudo e contra todos.
 
Houve atos em 12 capitais, que reuniram ao menos 215 mil pessoas, segundo estimativas oficiais, na maior mobilização desde as passeatas que culminaram com o impeachment de Fernando Collor, em 1992.
 
Sedes de poder viraram alvo em cinco capitais. No Rio, onde houve o protesto mais violento, o prédio da Assembleia Legislativa foi invadido. Em Brasília, o teto do Congresso foi ocupado. Manifestantes tentaram entrar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, mas foram contidos pela PM.
 
Em São Paulo, ao menos 65 mil participaram do ato, segundo o Datafolha. Desses, 84% não têm preferência partidária. Haverá novo protesto hoje às 17h.
 
O dia também teve declarações em tom conciliador de políticos em relação às manifestações, como da presidente Dilma e dos ex-presidentes FHC e Lula.
 
18 de junho de 2013
Folha de S. Paulo

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