Manifestantes derrubam um portão do Palácio dos Bandeirantes; polícia repele vândalos com bombas de gás. Eles querem mortos e feridos
Às 19h17 chamei aqui a atenção para o fato de que a manifestação em São Paulo haviam se dividido. Uma parte rumava pela Faria Lima e buscava a Paulista, e outra seguia pela Marginal Pinheiros. No ponto em que estavam, havia dois destinos possíveis: o Palácio dos Bandeirantes e a sede da TV Globo em São Paulo. De novo, uma divisão: uma parte ficou lá vituperando contra a emissora, apesar da cobertura feita pela emissora ser dulcíssima com os protestos e outra seguiu mesmo para o palácio.
A turma que foi pela Marginal Pinheiros era aquela mais, digamos assim, política, com bandeiras do PSTU, do PCO e de um movimento ligado ao PSOL.
Muito bem! Até havia alguns minutos, a Polícia Militar de São Paulo não havia usado nem uma miserável bomba sequer. É verdade que os manifestantes, por seu turno, fizeram o que lhes deu na telha, ocuparam a parte as áreas da cidade que bem quiseram, ditaram, enfim, as ordens. A policia se limitou a acompanhar.
É claro que a turma da desordem não ficou contente com isso. É uma gente que lucra com o conflito e com o confronto. Mesmo sabendo que um grupo rumava para o Palácio, Alckmin ordenou que os policiais deixassem livre a frente do prédio. Muito bem, eles chegaram. Inicialmente, houve apenas protestos. Mas aí um grupo forçou e conseguiu derrubar um portão dos jardins do palácio. A invasão foi repelida com bombas de efeito moral.
Neste momento, há centenas de pessoas em frente à sede do governo, onde fazem um grande fogueira. Eis os militantes pacíficos cantados em prosa e verso por setores do jornalismo. Chamem Aiatoelio Gaspari para que diga, exatamente, a hora — com a preciso dos minutos — em que esses democratas britânicos decidiram derrubar a grade do palácio.
Os bandos ligados à extrema esquerda querem porque querem mortos e feridos. Isso justifica a sua luta. Suas ideias sempre se alimentaram do sangue dos idiotas, dos inocentes úteis e dos culpados inúteis.
18 de junho de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja
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