"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 18 de junho de 2013

SUBIDA DO DÓLAR PREOCUPA MAIS DILMA QUE PASSEATAS DAS QUAIS O PT ESTUDA COMO TIRAR PROVEITO ELEITORAL


 

O Dólar não saiu ontem às ruas para protestar contra tudo de errado que acontece no Brasil, mas a nova subidinha da moeda globalitária frente ao irreal-Real voltou a apavorar o governo. O Banco Central do Brasil foi forçado a apelar para sua força de segurança monetária, intervindo no mercado futuro. A operação do BC do B não deteve o movimento e a cotação chegou a R$ 2,17 – a maior nos últimos quatro anos. A especulação assusta mais a turma da Dilma Rousseff que a onda de passeatas ainda inorgânicas, sem um foco específico, apesar do aparelhamento político-ideológico inicial. O Dólar já abriu hoje a R$ 2.18 - e paralelo a R$ 2,30...
 
Não há dúvidas de que o “Inverno Brasileiro” esquentou. Mas o gabinete de crise do governo ainda mantém a cabeça fria. Os marketeiros estudam como tirar proveito (re)eleitoral da atual onda de insatisfação. A tranquilidade é tanta que a Presidenta agiu previsivelmente, chovendo no molhado retórico. Dilma mandou sua assessora Helena Chagas comunicar sua frase pronta. “As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia”. Dilma não quer ficar pior na fita com os jovens mobilizadores da opinião publicada nas redes sociais da internet. Tal público é a grande maioria entre as algumas centenas de milhares de pessoas que saíram às ruas de 11 capitais do País do Futebol, em plena Copa das Confederações da Fifa.
 
O Inverno Brasileiro ainda está longe de alguma Primavera Árabe. A onda de protestos por aqui está mais para o movimento “Occupy Wall Street” do que “Tea Party”. Os dois foram fenômenos norte-americanos bem distintos que usaram muito bem a internet como meio de mobilização. O Occupy tem a cara deste “Inverno Brasileiro”, pois é mais anárquico, sem liderança clara e serve mais para desopilar o desejo incontido de protestar. O “Tea Party” tinha conotação política conservadora, liberal, bem definida – coisa que estamos muito distantes no Brasil, embora tenhamos protestos conservadores agendados para o mês de julho, em Brasília.
 
O Alerta Total insiste na análise correta do fenômeno. Houve uma motivação ideológica inicial, liderada por partidos de esquerda ligados à chamada IV Internacional Socialista, para que os protestos ocorressem - de forma pacífica ou mais radicalizada em previsíveis conflitos com a Polícia Militar. O alvo era o governo federal. Pontual e secundariamente, os ataques também eram direcionados aos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Sérgio Cabral (Rio de Janeiro).
 
Todo mundo com bom senso percebe que existe no Brasil uma pré-condição para insatisfações pessoais ou coletivas, já que a grande maioria das pessoas comuns está de saco cheio. Isto abriu caminho para que a onda de protestos aumentasse. A mobilização pela internet, tentada várias vezes sem sucesso, agora deu certo. A dúvida é se realmente conseguirão pressionar o Governo do Crime Organizado. A indicação é que não. A petralhada ainda pode tirar proveito eleitoral da confusão – igualzinha a que eles criaram no interior nordestino para medir a eficácia e fidelidade ao Bolsa Família e congêneres eleitoreiros.
 
O Alerta Total persiste na tese. O imponderável dos movimentos de massa é que eles começam sempre por iniciativa de alguma liderança e, se conseguem grande adesão, costumam evoluir e sair de controle, com consequências político-institucionais imprevisíveis. Só o tempo vai dizer se as manifestações de agora terão importância no futuro próximo.
 
Uma constatação é positiva. O brasileiro saindo de seu estado de letargia e passividade diante de tantas coisas erradas a sua volta já merece grande comemoração. Foi lindo ver a garotada subindo no teto do Congresso Nacional. Por outro lado, foi horrível ver as cenas de violência e vandalismo no final da manifestação do Rio de Janeiro.
 
Por tais contradições, ainda é muito cedo para uma avaliação sobre as consequências de tais movimentos com a massa urbana jovem, descontente, na maioria apolítica ou apartidária, e que fica facilmente enfurecida se provocada ou incentivada a radicalizar.
 
O Brasil parece de pólvora. O pavio é muito curto. Acendê-lo é possível. O difícil é saber no que vai dar se ocorrer alguma explosão. Nossa “tradição” histórica é de repressão política a movimentos de massa, principalmente se eles saem de controle – como é o mais provável de acontecer.
 
Por enquanto, tudo é festa... E o sistema Capimunista tupiniquim segue, inabalável, em sua balada de ineficiência, baixa produtividade, terror fiscal, insegurança jurídica, falsa flutuação cambial e permanente corrupção – fatores que só consolidam o atraso e a colonização do Brasil diante do mundo.
 
Acionista minoritário sofre no Brasil
Ser acionista minoritário é muito difícil no Brasil, ainda mais se a companhia de capital aberto é controlada por empresa sediada no exterior e com atuação mundial.
 
É o que acontece com a Plascar Participações Industriais S.A.controlada da International Automotive Components gerida pelo bilionário Wilbur L. Ross Jr.

A empresa brasileira em questão é prejudicada pela administração global que a ignora, ou pior, pratica uma política comercial lesiva para beneficiar os interesses de outras empresas do grupo no exterior.
Abuso é praticado à luz do mercado
 
Os acionistas majoritários de fora desrespeitam os interesses dos minoritários no Brasil.
Sua política sacrifica o desempenho da empresa nacional em beneficio de outras controladas suas no exterior.

No caso da Plascar Participações Industriais S.A, perdem os acionistas minoritários e o Fisco brasileiro que deixa de cobrar impostos pois a rentabilidade fica com as empresas no exterior.
Silêncio do Cardoso?
Tem gente jurando que nos atos de vandalismo ontem à noite, no Rio de Janeiro, tem o dedo da petralhada... 
 
Era o que se comentava na porta da Universidade Cândido Mendes, em frente à Assembleia Legislativa - quase incendiada pelos terroristas...
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
18 de junho de 2013Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
alerta total

Nenhum comentário:

Postar um comentário