Fronteira Brasil-Venezuela (Foto do site NotíciasClic) |
Leitores deste blog na Venezuela encaminharam via Twitter indagação sobre as agressões que brasileiros vêm sofrendo por parte do Exército venezuelano quando viajam àquele país. Entretanto, nos sites dos principais jornais brasileiros não consegui encontrar nada, mas o fato é destacado pelo site NotíciasClic, da Venezuela.
O Google mostra apenas um registro desta matéria no site da rádio Mirante AM, que faz parte da Rede Globo e, pelo relato dos deputados federais e estaduais que fazem a denúncia os fatos são graves, conforme pode se constatar.
Transcrevo na íntegra a matéria do site da rádio Mirante:
Deputados federais e estaduais defendem o fechamento temporário da fronteira do Brasil com a Venezuela. O objetivo é fazer com que o governo venezuelano tome alguma providência para impedir que a Guarda Nacional e o Exército daquele país continuem extorquindo brasileiros que viajam de carro com destino, principalmente, à Ilha de Margarita, no mar do Caribe.
Durante audiência pública pelas comissões de Relações Exteriores e de Integração Nacional, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Chico Guerra, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amazonas, Abdala Fraxe, apresentaram denúncias sobre brasileiros que sofrem intimidações. O deputado Abala Fraxe cita um dos casos:
"O que nos chama mais atenção são os relatos em relação às mulheres. Verdadeiros atentados ao pudor: mulheres passando por constrangimentos do lado dos seus maridos, dos seus namorados, dos seus filhos. E hoje já existe até um manual de como seguir para Margarita de carro. Mulher é que tem que ir de calça comprida, de preferência, frouxa, porque se delinear de alguma maneira o corpo dela, os militares da Guarda Nacional, os policiais podem fazer um atentado violento ao pudor junto a elas”.
O deputado Edio Lopes, do PMDB de Roraima, explicou que muitos cidadãos de Roraima e do Amazonas escolhem a Ilha de Margarita como opção de férias, porque fica mais barato viajar para lá que para outros destinos turísticos no Brasil. Edio Lopes conta que também passou por constrangimentos quando foi de carro à Venezuela com a família:
"Num dos últimos postos de fiscalização da Guarda Nacional Venezuelana, nós fomos abordados e, numa visível tentativa de extorsão dos policiais que lá estavam, chegou-se ao ponto de eles pegarem a bagagem da minha esposa e jogaram toda a roupa, inclusive roupas sujas sobre uma mesa e, com uma baioneta, ele ficava mexendo a roupa e pegando cada peça de roupa, inclusive peças íntimas da minha esposa, com visível cara de ironia, e colocando peça a peça de volta dentro da mala de roupas”.
O deputado Francisco Praciano, do PT do Amazonas, que solicitou a realização da audiência, e o deputado Márcio Junqueira, do Democratas de Roraima, cobraram medidas do governo para pressionar a Venezuela a resolver o problema. Márcio Junqueira foi incisivo:
"Não vemos outro caminho a não ser propor o fechamento da fronteira até que a Venezuela possa, efetivamente, garantir a segurança não só dos brasileiros, mas de qualquer ser humano que adentre aquele país, inclusive dos deles”.
Os deputados federais e estaduais reclamaram da omissão do Ministério das Relações Exteriores. De acordo com os parlamentares, o Itamaraty nunca deu resposta às várias denúncias e reclamações encaminhadas por eles em relação às extorsões e intimidações dos policiais e militares venezuelanos aos brasileiros.
Presente à audiência, o chefe da Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores, Aloysio Gomide Filho, afirmou que, diante do aumento das denúncias em 2012, a Embaixada do Brasil na Venezuela pediu providências ao governo venezuelano.
O diplomata afirmou que, como as reclamações deixaram de chegar aos quatro consulados brasileiros naquele país, entendeu-se que as extorsões tinham diminuído. Aloysio Gomide destacou que, para que o Itamaraty tenha dados para acionar o governo da Venezuela, é necessário que os brasileiros molestados busquem os consulados brasileiros para reclamar e registrem boletins de ocorrência nas delegacias venezuelanas.
Deputados federais e estaduais defendem o fechamento temporário da fronteira do Brasil com a Venezuela. O objetivo é fazer com que o governo venezuelano tome alguma providência para impedir que a Guarda Nacional e o Exército daquele país continuem extorquindo brasileiros que viajam de carro com destino, principalmente, à Ilha de Margarita, no mar do Caribe.
Durante audiência pública pelas comissões de Relações Exteriores e de Integração Nacional, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Chico Guerra, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amazonas, Abdala Fraxe, apresentaram denúncias sobre brasileiros que sofrem intimidações. O deputado Abala Fraxe cita um dos casos:
"O que nos chama mais atenção são os relatos em relação às mulheres. Verdadeiros atentados ao pudor: mulheres passando por constrangimentos do lado dos seus maridos, dos seus namorados, dos seus filhos. E hoje já existe até um manual de como seguir para Margarita de carro. Mulher é que tem que ir de calça comprida, de preferência, frouxa, porque se delinear de alguma maneira o corpo dela, os militares da Guarda Nacional, os policiais podem fazer um atentado violento ao pudor junto a elas”.
O deputado Edio Lopes, do PMDB de Roraima, explicou que muitos cidadãos de Roraima e do Amazonas escolhem a Ilha de Margarita como opção de férias, porque fica mais barato viajar para lá que para outros destinos turísticos no Brasil. Edio Lopes conta que também passou por constrangimentos quando foi de carro à Venezuela com a família:
"Num dos últimos postos de fiscalização da Guarda Nacional Venezuelana, nós fomos abordados e, numa visível tentativa de extorsão dos policiais que lá estavam, chegou-se ao ponto de eles pegarem a bagagem da minha esposa e jogaram toda a roupa, inclusive roupas sujas sobre uma mesa e, com uma baioneta, ele ficava mexendo a roupa e pegando cada peça de roupa, inclusive peças íntimas da minha esposa, com visível cara de ironia, e colocando peça a peça de volta dentro da mala de roupas”.
O deputado Francisco Praciano, do PT do Amazonas, que solicitou a realização da audiência, e o deputado Márcio Junqueira, do Democratas de Roraima, cobraram medidas do governo para pressionar a Venezuela a resolver o problema. Márcio Junqueira foi incisivo:
"Não vemos outro caminho a não ser propor o fechamento da fronteira até que a Venezuela possa, efetivamente, garantir a segurança não só dos brasileiros, mas de qualquer ser humano que adentre aquele país, inclusive dos deles”.
Os deputados federais e estaduais reclamaram da omissão do Ministério das Relações Exteriores. De acordo com os parlamentares, o Itamaraty nunca deu resposta às várias denúncias e reclamações encaminhadas por eles em relação às extorsões e intimidações dos policiais e militares venezuelanos aos brasileiros.
Presente à audiência, o chefe da Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores, Aloysio Gomide Filho, afirmou que, diante do aumento das denúncias em 2012, a Embaixada do Brasil na Venezuela pediu providências ao governo venezuelano.
O diplomata afirmou que, como as reclamações deixaram de chegar aos quatro consulados brasileiros naquele país, entendeu-se que as extorsões tinham diminuído. Aloysio Gomide destacou que, para que o Itamaraty tenha dados para acionar o governo da Venezuela, é necessário que os brasileiros molestados busquem os consulados brasileiros para reclamar e registrem boletins de ocorrência nas delegacias venezuelanas.
03 de junho de 2013
in aluizio amorim
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