Apoio a petistas provoca racha na sigla de Kassab
Ante a aproximação entre PSD e o governo Dilma Rousseff, deputados do partido em Minas ameaçam saída em bloco para se manter alinhados a Aécio Neves (PSDB).
O grupo é o mesmo que em 2012 se recusou a apoiar o PT em Belo Horizonte, contra a vontade do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab.
De uma só vez, o PSD-MG perderia os seis deputados estaduais e também o deputado federal licenciado Alexandre Silveira, que é secretário no governo mineiro.
Esses deputados querem o alinhamento a Aécio em 2014. A cúpula do PSD deve apoiar a reeleição de Dilma e a candidatura do ministro Fernando Pimentel (PT, Desenvolvimento) a governador.
Consumada essa possibilidade, apenas os cinco deputados da bancada federal do PSD-MG, mais próximos ao Planalto, ficariam no partido.
Os estaduais debandariam em bloco. Assim, consideram que terão mais força em negociação com outra legenda.
"Ainda vamos lutar internamente para tentar derrubar a minoria petista, mas nos deixa apreensivos a ação truculenta do Kassab, a intervenção", disse o deputado Gustavo Valadares (PSD).
Os aecistas do PSD falam em migrar para a MD (Mobilização Democrática), nova sigla criada a partir da fusão do PPS e PMN. "A MD é uma das possibilidades, mas há o risco de ela estar contra Aécio", afirmou Valadares.
O presidente do PSD-MG, Paulo Simão, disse que ainda mantém conversas com PT e PSDB e que "é cedo" para se tomar uma decisão.
03 de junho de 2013
PAULO PEIXOTO - Folha de São Paulo
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