"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 4 de julho de 2013

AGORA TEMER RECUA E ACHA IDEAL PLEBISCITO AINDA EM 2014




Hoje de manhã, Michel Temer foi taxativo ao afirmar que não haveria tempo para um plebiscito destinado à reforma política com efeitos nas eleições de 2014. Menos de quatro horas de suas declarações, que tiveram enorme repercussão, o vice-presidente recuou. Em nota, disse que o “governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014″.

Nesta manhã, após reunir-se com líderes de partidos da base aliada, Temer havia dito que não haveria condições para a consulta até outubro e, que, “qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições, e não para essa”.

“Não há mais condições – e vocês sabem disso – de fazer qualquer consulta antes de outubro. E, não havendo condições temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições, e não para essa”, disse Temer, após reunião com os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tratar do plebiscito.

IMPOSSÍVEL

Questionado se estava claro, entre os líderes e o governo, que não haveria tempo suficiente para viabilizar um plebiscito que alterasse as regras do sistema político já em 2014, Temer respondeu:
“A esta altura, embora fosse desejável, mas temporalmente é impossível.

O  Tribunal Superior Eleitoral muito adequadamente fixou um prazo de 70 dias a partir dos temas apresentados ao TSE. Imagine se isso durar duas, três semanas, mais 70 dias, já chegamos ao mês de outubro e, a partir daí, já entra o princípio da anualidade, não é possível aplicar em 2014.”

As afirmações do vice  causaram mal-estar no Palácio do Planalto e irritaram a presidente Dilma Rousseff. Logo depois, a assessoria da Vice-Presidência da República distribuiu nota informando que “o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014″.

E agora então: TUDO A TEMER!!!

04 de julho de 2013
José Carlos Werneck

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