A proposta de reduzir o número de ministérios, feita pela oposição e encampada pelo PMDB, já havia sido sugerida à presidente Dilma pelo ex-presidente Lula como uma medida para sinalizar austeridade num momento de turbulências na economia.Segundo a Folha apurou, Lula, em conversas com interlocutores, também disse que defendeu mudança nas principais áreas do governo, como articulação política e equipe econômica.
Dilma chegou a indicar, segundo petistas próximos a Lula, que iria analisar a possibilidade de mudar a equipe ministerial durante o recesso do Congresso, em julho.Só que o surgimento da onda de manifestações nas ruas fez a presidente mudar o foco de sua agenda e, segundo assessores, adiar as trocas. Recentemente, Lula queixou-se a interlocutores que a presidente é "teimosa" e não queria "fazer ajustes" no governo, considerados por ele necessários para reverter o clima de pessimismo na área econômica e política.
Dilma chegou a indicar, segundo petistas próximos a Lula, que iria analisar a possibilidade de mudar a equipe ministerial durante o recesso do Congresso, em julho.Só que o surgimento da onda de manifestações nas ruas fez a presidente mudar o foco de sua agenda e, segundo assessores, adiar as trocas. Recentemente, Lula queixou-se a interlocutores que a presidente é "teimosa" e não queria "fazer ajustes" no governo, considerados por ele necessários para reverter o clima de pessimismo na área econômica e política.
Oficialmente, a assessoria de Lula diz que o ex-presidente não tratou desse tipo de assunto com Dilma, afirmando que "é atribuição da presidente definir ministério". Informou ainda que o petista faz palestras no exterior.
Petistas ligados ao ex-presidente disseram à Folha, porém, que a sugestão era, inclusive, o governo fazer uma redução de 39 para cerca de 30 ministérios e assumir um discurso de maior rigor fiscal.Quanto ao discurso na área fiscal, Dilma decidiu no mês passado, depois de se reunir com Lula num hotel em São Paulo, determinar que o ministro Guido Mantega (Fazenda) assumisse compromisso com a meta de superavit primário de 2,3% do PIB.
A proposta de reduzir o número de ministérios já havia sido feita à presidente pelo empresário Jorge Gerdau, membro da Câmara de Gestão da Presidência da República.Dilma tem hoje 39 ministros. São 24 ministérios, dez secretarias e cinco órgãos com status de ministério. Ela criou duas novas pastas, a Secretaria de Aviação Civil, cujo titular tem status de ministro, e o Ministério da Micro e Pequena Empresa. Seu antecessor deixou para ela 37 ministros.
Lula herdou do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso 24 ministérios. Ele converteu em secretarias com status de ministério várias áreas ligadas até então a outras pastas, como Portos, Direitos Humanos e Pesca. FHC chegou a ter nove secretarias, sem status de ministério. Lula fez também, recentemente, críticas à estratégia política do Planalto, depois negadas oficialmente por ele. Na semana passada, reservadamente, ele classificou de "barbeiragem" a articulação do governo para a instalação de constituinte exclusiva para a reforma política.
(Folha de São Paulo)
04 de julho de 2013
in coroneLeaks
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