"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 21 de julho de 2013

IDELI, MERCADANTE E BERZOINI: OS ALOPRADOS NA ARTICULAÇÃO POLÍTICA DA DILMA


 
 
Ricardo Berzoini está sendo cotado e é o sonho de consumo dos petistas para assumir as Relações Institucionais da Dilma, no lugar de Ideli Salvatti. Seria o responsável pela articulação política.
Este papel, hoje, está sendo realizado informalmente por Aloízio Mercadante. Este trio, quando cuidou de "articulação política" promoveu o que ficou conhecido como o Escândalo dos Aloprados.
Querem lembrar como foi?
 
Em 15 de setembro de 2006, a Polícia Federal prendeu dois petistas que tentavam negociar um falso dossiê para envolver os tucanos José Serra, então candidato a presidente, e Geraldo Alckmin, que disputava o governo de São Paulo, no caso dos sanguessugas.
 
O escândalo, que o então presidente Lula atribuiu a um 'bando de aloprados', atingiu em cheio o adversário de Alckmin na corrida eleitoral de 2006, Aloizio Mercadante: Hamilton Lacerda, seu secretário de Comunicações, foi filmado entrando com uma mala no hotel onde a transação seria feita, ao preço de 1,7 milhão de reais.
 
O coordenador-geral da campanha à reeleição de Lula e presidente do PT em 2006, era Ricardo Berzoini,  que foi afastado do comitê após o escândalo e licenciou-se da presidência do PT. A PF colheu 51 depoimentos, realizou 28 diligências, ordenou 5 prisões temporárias, quebrou sigilos bancários e telefônicos, mas não chegou a lugar nenhum.
 
Em 2011, VEJA resolveu o mistério, com base no depoimento de um dos aloprados, Expedito Veloso. Ele confidenciou a colegas de partido que o mentor e um dos arrecadadores do dinheiro para a montagem da farsa foi de fato Mercadante, hoje ministro da Educação, em parceria "inclusive financeira" com Orestes Quércia, também adversário de Alckmin em 2006. Veloso disse mais: que a atual ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não só sabia do dossiê como foi incumbida de divulgá-lo.
 
21 de julho de 2013
in coroneLeaks
 

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