Na última quinta-feira, mais de cem membros da Câmara de Representantes dos EUA, entre republicanos e democratas, assinaram uma carta para pedir à administração do presidente Barack Obama que reconsidere a sua política com relação ao Irã, após a eleição de Hassan Rohani (foto), considerado “moderado”, para a presidência do país islâmico.
Entre os 118 legisladores (mais de um quarto dos membros da Câmara) que assinaram a carta, 15 deles eram republicanos, destacando a necessidade de um “esforço diplomático renovado no marco de uma estratégia mais ampla” para o Irã. A carta foi enviada à Casa Branca na sexta (19).
O pedido acontece em detrimento das declarações belicistas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra o Irã, dizendo que seu país tomará medidas unilaterais contra Teerã devido ao seu programa nuclear, que Tel-Aviv acusa ter fins militares, sem evidências e ao contrário do afirmado pelas autoridades persas.
Após a eleição de Rohani para a presidência do país, alguns ex-parlamentares norte-americanos pediram a Obama que se empenhasse por novas conversações multilaterais e bilaterais com o Irã quando o novo governo iraniano for formado e por evitar atos de provocação que poderia reduzir a janela de oportunidade para uma “política mais moderada” de Teerã.
LÍDER SUPREMO
Em fevereiro, o líder supremo da Revolução Islâmica do Irã, Said Ali Khamenei rechaçou qualquer diálogo com os Estados Unidos sob pressão, ao considerar que as contínuas pressões e ameaças exercidas pelo país contra o povo persa durante os últimos 34 anos (desde a Revolução de 1979) e a solicitação de Washington para dialogar com Teerã são coisas “incompatíveis” que demonstram a falta de honestidade dos EUA.
Além disso, uma nova rodada de sanções unilaterais dos Estados Unidos entrou em vigor no dia 1º de julho, planejada para afetar drasticamente a economia iraniana, com alvo na moeda iraniana, no setor automotriz, na construção naval e na indústria petrolífera do Irã.
O país lida atualmente com uma taxa de inflação de mais de 31% e já foi alvo de diversas sanções dos próprios EUA e de países europeus, além de resoluções da ONU no mesmo sentido.
Os EUA e aliados ocidentais acusam Teerã de perseguir objetivos bélicos com seu programa de energia nuclear, e se baseia neste pretexto para impor duras sanções ao país persa.
Além de rechaçar as acusações, a República Islâmica do Irã assinala constantemente que, como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e signatário do Tratado de Não Proliferação (TNP), tem o direito legítimo a adquirir e desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos.
(transcrito do site IrãNews)
21 de julho de 2013
Do Portal Vermelho
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