"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 17 de agosto de 2013

EM CARTA A DILMA, FEDERAÇÃO CONDENA IMPORTAÇÃO DE ENGENHEIROS


Ante notícias sobre provável estudo do governo federal visando “importar” engenheiros para dotar as administrações municipais de quadros capazes de elaborar projetos técnicos, essenciais ao repasse de verbas federais, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) encaminhou ofício à presidente Dilma Rousseff expondo a posição da categoria.
O documento é assinado pelo presidente Murilo Celso de Campos Pinheiro.

O texto destaca que, como entidade representativa de cerca de 500 mil profissionais, tendo o desenvolvimento nacional como bandeira, a Federação não poderia deixar de se manifestar sobre tal hipótese, “que consideramos equivocada para solucionar o problema em pauta”.

O dirigente observa que, há muito tempo, a entidade advoga a necessidade imperativa de garantir mão de obra especializada aos municípios. “Tal providência é fundamental para dar cabo da tarefa de universalizar o serviço essencial de saneamento ambiental, o que exige a elaboração de planos municipais para o setor”, argumenta. E prossegue na defesa dos engenheiros:
“A luta da categoria pela implantação efetiva da engenharia pública, criada pela Lei 11.888/08, que prevê a assistência técnica à população de baixa renda, faz ainda parte da compreensão da urgência em prover esse atendimento à sociedade”.

MÃO DE OBRA

Murilo Pinheiro afirma: “É preciso aproveitar a mão de obra qualificada disponível no País, sendo necessário que os municípios realizem concursos oferecendo remuneração justa. Essa deve ter como referência o Piso da categoria definido em lei, que equivale a nove salários mínimos, ou seja, R$ 6.102,00”.

Agora, a FNE está solicitando agendamento de audiência com a presidente Dilma Rousseff, para expor e oferecer as contribuições da entidade sobre o tema.

Ao contrário dos médicos, que demonstram preferência por bairros nobres dos grandes centros ou cidades litorâneas, o engenheiro é um profissional linha de frente.
Em Suape, Belo Monte e mesmo nos pontos mais distantes (ainda que em obras no deserto africano), esse profissional está sempre presente, no comando das ações. Jornada de 40 horas. Faça chuva ou faça sol

17 de agosto de 2013
Deu no Boletim Sindical

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