"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 17 de agosto de 2013

O VOO PERIGOSO DO URUTAU


 
Durante os dois governos petistas, endogenamente corruptos e arrivistas, com objetivos golpistas de manterem-se no poder indefinidamente, as notícias foram e continuam sendo catastróficas, por isso, desalentadoras para quem deseja o crescimento do Brasil, apenas, pelos dotes meritórios conseguidos por meio da Educação de qualidade, formadora de valores humanos e intelectuais.
 
As ações em desfavor do Brasil da representante deste simulacro de governo, em razão de sua inabilitação para o exercício do poder executivo do país, aliada às concepções doutrinárias anticristãs das quais é vestal, visam a impedir que a sociedade se liberte do curral, onde a parte permeável da população permanece culturalmente atrelada à canga do assistencialismo governamental. Por defeito moral desse segmento da população, as ações de destruição do país não são percebidas, por este grupo social bastar-se com o cartão-bolsa-caça voto da Caixa Econômica.
 
Surgem, agora, notícias sobre o encontro, em outubro próximo, da caricata presidente com Obama, mas antes, John Kerry, Secretário de Estado americano, já pousara em Brasília, recebido pelo ‘estadista’ Antônio de Aguiar Patriota, para assuntos preliminares. Segundo fontes oficiais, o Secretário examinaria, juntamente com o ministro, temas da agenda bilateral: regional e global.
 
São assim, genericamente divulgados, mas não expostos ao público o conteúdo específico de cada um, com a transparência e a lealdade devidas aos olhos e aos ouvidos da parte não assistencializada da sociedade, isto é, a parte contribuinte.
 
O que irá fazer a viajante do espaço, com mais horas de voo que um piloto de caça, no país do Capitão Charles Rodney Chandler? É uma grande oportunidade para o filho desse militar, Todd Chandler, que costuma perguntar o porquê de seu pai ter sido abatido (12/10/1968), saber a resposta diretamente de uma integrante do
grupo guerrilheiro, responsável pela sua orfandade em tenra idade.
 
O que irá fazer esta farsa de presidente, sem tino político, junto ao gabaritado manipulador de almas subdesenvolvidas, Obama? Pior ainda: o Patriota, cujo
sobrenome já é a mentira petista de ser, estará lhe dando a desastrada cobertura de sempre. O empostado jornalista que divulgou a notícia disse que são vários assuntos a serem tratados, entre eles, o ambiental e o referente à tecnologia.
 
Os dois preocupam e levam à dedução de que o conteúdo do primeiro deve incidir sobre a suspensão da construção das hidroelétricas e o do segundo sobre a cessão da base espacial de Alcântara. O primeiro destrói o direito brasileiro de desenvolver-se; o segundo acaba, de vez, com a hipocrisia de que temos soberania nacional.
 
Soturna, a viajante assemelha-se ao urutau, ave que o nosso José de Alencar disse estar distante, em dotes naturais, da graciosa jandaia. O urutau não canta, geme, afirmara o romancista cearense, que morreu sem saber que foi um dos seus ancestrais “que aqui veio, aqui povoou, não só fez tudo isso, mas inaugurou o Brasil”.
 
Informação preciosa da grande historiadora, com nome de princesa, Dilma Estela Patrícia Wanda de Var-Palmares Rousseff. É assim que a língua portuguesa é triturada no mastigar das palavras quando, cinicamente, ressurge nos cantões do país, no inútil esforço de recompor as estatísticas de votos. Da mesma maneira, quer se confundir com o povo, como o urutau se confunde com o toco em que pousa.
 
Volta-se à notícia que indicia problemas de defesa. Se não há preocupação em expor, às claras, o que deseja o senhor Kerry, e o que leva a criatura a viajar, em outubro, para os Estados Unidos, temos o direito de pensar o que quisermos.
 
Este Secretário, representante do governo americano, certamente, veio preparar a pauta para a assinatura do acordo mais cobiçado desde os tempos de FHC, xereta e office-boy dos seus superiores hierárquicos que dominam instituições maquiavélicas daquela nação e de outras europeias.
 
Desta vez, a inabilitada presidente será levada a entregar aos seus adversários, os capitalistas americanos, a chave da última porta que abre ao poder externo o pouco que tínhamos de soberania. Escancara, também, ao mundo, a alma dos governantes antibrasileiros, a sua sordidez na
venda do país, a qualquer custo.
 
É essa gente do partido infame que entregará a base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão, cuja sabotagem ceifou vinte e uma vidas de cientistas, por aqueles que não desejam o avanço tecnológico do Brasil.
 
É a minha particular opinião, até que provas em contrário sejam expostas, transparentemente, à sociedade, verdadeira investidora das pesquisas que ali se realizavam.
 
Não sei o que acontece com os bons, mas ingênuos brasileiros, que ainda têm um fio de esperança em que a dadivosa presidente do dinheiro público virá a ter um surto de ‘bom mocismo’ e que exigirá dos americanos respeito ao acordo de livre ingresso dos brasileiros na estação espacial. Nem eles acreditam na autoridade desta senhora, nem nós acreditamos no cumprimento do acordo por parte de nossos ‘parceiros’ e ‘amigos’.
 
Os quilombolas ficarão satisfeitos em se curvar aos novos colonizadores sempre mimoseados com o cultural servilismo nativo. Não reclamarão a posse das terras desta vez, porque já faz parte do sangue brasileiro o código de barras do entreguismo.
 
Naturalmente, alguns torcedores da permanência do Brasil no rodapé do desenvolvimento dirão que “acreditar em sabotagem é não querer ver a incompetência brasileira na esfera da alta tecnologia”, acrescentando que “isto é paranoia de pessoas sem condições de discutir o assunto”, argumentos-chave fabricados para agradar sabe-se lá quem e por quê.
 
Se o Brasil não mete medo a ninguém por não ter força bélica de primeira linha e se seus cientistas não estão capacitados a desenvolver tão complexos artefatos, por que então temem tanto os estrangeiros as pesquisas brasileiras? Quem os defende, deve explicar tão inusitado fato.

17 de agosto de 2013
Aileda de Mattos Oliveira, Dr.ª em Língua Portuguesa, é membro da Academia Brasileira de Defesa.

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