"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 11 de agosto de 2013

FACÇÕES EM GUERRA: PMDB AMEAÇOU ROMPER A ALIANÇA COM O PT

O PMDB ameaçou romper a aliança com o PT.  Irritado com críticas de aliados, o vice-presidente Michel Temer chegou a redigir uma nota anunciando o rompimento da parceria entre o PMDB e o PT

 
FISSÃO NA BASE - Acusado pelos petistas de “sabotador”, Michel Temer, conhecido pelo temperamento afável, reagiu e exigiu uma retratação pública
Fissão na base - Acusado pelos petistas de 'sabotador', Michel Temer, conhecido pelo temperamento afável, reagiu e exigiu uma retratação pública (Pedro Ladeira/Folhapress)

Quando recebeu a faixa presidencial das mãos de Lula, em 2011, a presidente Dilma Rousseff herdou um governo com popularidade nas alturas e uma oposição praticamente dizimada no Parlamento. Sua posse foi também o início de um projeto de poder ainda mais ambicioso.
 
A aliança entre PT e PMDB, além de vitoriosa nas urnas, rendeu a ambos a soberania no papel de protagonistas políticos. Peemedebistas e petistas comandam o governo federal, o Congresso, administram dez estados e milhares de prefeituras país afora.
 
Essa simbiose, porém, esteve por um fio. Em uma crise que por pouco não atingiu o ponto de ebulição, os dois partidos estiveram muito perto de um rompimento definitivo, com direito a troca de xingamentos, ameaças e uma inédita explosão de ira do vice-presidente Michel Temer - que chegou a anunciar aos conselheiros mais próximos a intenção de romper definitivamente a parceria com o governo.
 
Foram oito horas de tensas negociações que envolveram a presidente Dilma Rousseff, dois ministros de estado e as lideranças dos partidos - e que atingiram o ápice com a redação de uma nota na qual os peemedebistas anunciavam a surpreendente decisão.

11 de agosto de 2013
Robson Bonin - Veja

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