As agências de inteligência, interligadas, sempre estiveram acima das Leis e dos políticos, impondo sua vontade, suas experiências macabras para aterrorizar as populações e submetê-las aos projetos estratégicos dos patrões, senhores da guerra, que concentram o poder sobre todos os recursos financeiros, ditando as políticas econômicas e jogando com as políticas humanas que desprezam.
Eles se confundem no mesmo espaço decisório das políticas internacionais. São banqueiros e mega empresários no topo de uma hierarquia na qual os governantes aparecem amarrados às teorias econômicas encomendadas e aplicadas experimentalmente nos países “bola da vez”. Suas Fundações - que nem a Ford, Rockfeller e outras controladas pelas famílias mais ricas - financiam tais projetos e convidam alunos escolhidos em convênio com as escolas superiores dos países “pobres” de saber e historicamente espoliados pelos “sabidos”.
Os moços regressam aos territórios nativos com títulos de doutorado e pós-doutorado, tipo os “Chicago Boys”. Os governantes, sejam civis ou militares, que ignoram a linguagem e técnicas da economia, são facilmente convencidos a aplicar esta ou aquela teoria. Normalmente para conter o desenvolvimento nacional e barrar a criatividade abrindo espaço para a falência de empresas e sua aquisição por “investidores” internacionais. Os conceitos de nação, soberania e liberdade são empecilhos que dificultam a globalização.
É assim que as sementes da Monsanto chegam ao mundo, geneticamente modificadas, algumas como a do milho com espermicida, estrategicamente comercializado para controlar a natalidade em bolsões selecionados. Assim o saber, a ciência é utilizada para controlar as mentes que, em certo espaço de tempo na América do Sul, conheceram os regimes ou ditaduras militares, instalados para conter o avanço das ideias marxistas.
Os altos comandos das forças armadas regulares acabam ideologicamente formados e tecnicamente dependentes das grandes potências. Suas escolas preparavam engenheiros, administradores e técnicos de alto nível, para a guerra. Todos eram habilitados em treinamentos no exterior, para executar os planos estratégicos gerados no hemisfério norte.
As pessoas especiais que nos governam parecem ignorar aspectos humanos essenciais, escamoteando verdades, engabelando a gente com a cara mais lisa. Parecem mesmo insensatas, irracionais, como se não soubessem que os verdadeiros mentores intelectuais da nossa inteligência acadêmica, política e militar foram manipulados desde o berço. Eles formaram e convenceram os economistas do mercado livre para acreditar que “somente uma calamidade em larga escala – uma grande desarrumação podia preparar o campo para suas “reformas”...
Naomi Klein descreve e documenta em “The shock doctrine” (Metropolitan Books), como os países do hemisfério sul, na década de 1960 foram envolvidos ao mesmo tempo por guerrilhas, ataques terroristas, golpes de estado e desastres naturais. As políticas nacionalistas, a defesa da soberania e tentativas de liberdade econômica atrapalhavam a expansão dos domínios, as remessas de lucro e os planos estratégicos da “guerra fria”.
O “choque” foi decidido. Primeiro as corporações e políticos explorando o medo e a desorientação inflacionária. Depois a terapia do choque econômico oferecido aos novos ocupantes do poder militar. E na sequência o “choque elétrico” e outros métodos de tortura para os que reagiram armados choque político. Tudo inspirado pelo Instituto Tavistock, pela CIA, pela inteligência britânica, pelas empresas que ensaiavam o controle global das mentes. Assim os dominadores do mundo bagunçaram com a cultura e os sonhos da América Latina e de outras partes do mundo.
Continuam fazendo o mesmo, com variações sofisticadas. O metro que serve para medir-nos com as informações abertas atualmente é diferente do metro que mede a ignorância dos que atuaram no século passado, bem como a ignorância ou má fé dos atuais “terroristas”, em nome dos pretensos direitos humanos na interpretação da ONU. Seria digna a vida e livre a humanidade se houvesse um mecanismo com poder para apontar e afastar da cena política e econômica os verdadeiros internacionalistas do crime organizado em curso contra a humanidade.
Ewen Cameron's McGill, um dos psiquiatras contratados pela CIA para desenvolver as técnicas de interferência no funcionamento do cérebro, introduziu os choques elétricos ao projeto inicialmente denominado Bluebird, rebatizado como Artichoke e finalmente renomeado MK-ULTRA, em 1953! Nos dez anos seguintes, foram aplicados 25 milhões de dólares. O resultado foi um manual “secreto”, com 128 páginas, denominado “Kubark Counterintelligence Interrogation”.
“O manual ensina que muitas daquelas técnicas são ilegais e afirma que, se forem usadas apropriadamente, destroem a capacidade de resistência”... “o propósito do MK-ULTRA, que foi desenhado para ser a base científica do sistema para extrair informações de fontes resistentes”. Oitenta instituições estiveram envolvidas, incluindo 44 universidades e 12 hospitais. Uma investigação do Senado norte americano em 1975, revelou que a CIA proporcionou o treinamento dos militares chilenos nos métodos de “controle da subversão”.
O mesmo aconteceu no treinamento ministrado por Dan Mitrione, um oficial da polícia norte americana, enviado para ensinar aos policiais do Brasil como fazer interrogatórios e dobrar a resistência dos comunistas presos. Em Belo Horizonte, Mitrione chegou a servir-se de mendigos para torturar durante as aulas, demonstrando os diversos meios de provocar a incoerência entre a mente e o corpo. No Brasil foram presas cerca de 8 400 pessoas “alguns milhares das quais receberam torturas”.
Mitrione atuou em todos os países do cone sul e foi morto em 1970 pelo movimento armado Tupamaros, no Uruguai, onde de acordo com a Cruz Vermelha foram presas 60 mil pessoas enquanto 50 mil foram torturados no Chile, outras dezenas de milhares na Argentina. Naquele período sinistro os agentes estrangeiros espalhados por toda a América do Sul, ensinavam munidos do Manual MK-ULTRA: “A dor precisa, no lugar preciso, na quantidade precisa – prisões ao alvorecer, capuzes, isolamento, drogas, nudez forçada, choques elétricos com eletrodos ligados à genitália, orelhas e outras partes molhadas para intensificar a carga...”
É importante contar a história com todos os detalhes sinistros e expor os verdadeiros responsáveis e financiadores, os mandantes de sempre que continuam ativos, aterrorizando os povos impunemente. As novas gerações precisam saber como e por quem a história é manipulada. Precisa saber com que objetivo. Precisa saber que a informação cotidiana é controlada e medida para fazer pensar que as mentiras são verdades, “que a neve é negra”, que existem movimentos de massa espontâneos... que o sabão lava mais branco, que o comprimido cura a enfermidade... que as “comunidades” estão “pacificadas”, que o transporte vai melhorar... E outras tantas petas.
Parece até que o mundo verdadeiro está na televisão que dia e noite, (como a tele tela do socialista Orwell, ligado à Escola de Frankfurt e à inteligência britânica prognosticou em seu “1984”) manipulando as mentes em todos os lares, pregando o que fazer, como fazer, o que pensar, como se comportar para alinhar-se aos interesses globais, promovendo a lavagem cerebral das massas.
11 de agosto de 2013 Arlindo Montenegro é Apicultor.
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