No sistema capitalista, não há alternativa para o trabalhador escapar de pagar a conta, seja em tempos de boa economia ou em tempos de crise. Se a economia vai bem, quem trabalha fica com muito pouco da riqueza que produz, pois que esta é acumulada em mãos dos ricos e poderosos, sob os mais diversos artifícios, inclusive, o chamado lucro.
Nos períodos de crescimento econômico, as elites costumam pedir paciência para a classe trabalhadora, prometendo que em futuro próximo suas prioridades serão atendidas, educação, saúde, habitação, saneamento, transporte de massa, etc. A cada período de eleição democrática, milhares de promessas são repetidas e renovadas, como de sempre. E o povo acredita.
E nos períodos de grande crise econômica, como essa de agora correndo mundão, o Estado passa a destinar pesados recursos do trabalhador para socorrer as elites através de favorecidos empréstimos para bancos e grandes empresas, incentivos fiscais e outros mais, procurando por todos os meios reerguer as estruturas econômicas e produtivas, pertencentes aos ricos e poderosos.
Além desses conhecidos expedientes (só na grande crise de 2008, o Estado, no mundo todo, teria gasto mais de US$ 17 trilhões para salvar o mundo capitalista), muitas das vezes as elites aproveitam a oportunidade para privatizações de riquíssimas estatais, a preços de bananas, construídas com o árduo trabalho e sacrifícios do povo.
Não bastasse tudo isso, a conhecida demissão em massa é calamidade garantida, com milhares de trabalhadores sendo postos no olho da rua, sem dó nem qualquer contemplação. Esta é a realidade.
Welinton Naveira e Silva
25 de janeiro de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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