"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 22 de janeiro de 2012

SOMOS 6%... QUEM SÃO OS 59% ?

MAIORIA DOS BRASILEIROS APROVA O PRIMEIRO ANO DO GOVERNO DE DILMA
O instituto Datafolha publicou neste domingo (22) uma pesquisa sobre a aprovação do primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Segundo a pesquisa, Dilma teve a melhor aprovação no primeiro ano de mandato, se comparada com os presidentes anteriores.

O Datafolha ouviu 2.575 pessoas, nos dias 18 e 19 de janeiro. Os resultados mostram que 59% dos brasileiros consideraram o primeiro ano do governo Dilma como “ótimo” ou “bom”; 33% classificaram a gestão como “regular”, e 6% como “ruim” ou “péssima”.

A presidente Dilma Rousseff atingiu no fim do primeiro ano de seu governo um índice de aprovação recorde, maior que o alcançado nesse estágio por todos os presidentes que a antecederam desde a volta das eleições diretas. (…) Ao completar um ano no Planalto, Fernando Collor tinha 23% de aprovação. Itamar Franco contava 12%. Fernando Henrique Cardoso teve 41% no primeiro mandato e 16% no segundo. Lula alcançou 42% e 50%, respectivamente.

Bruno Calixto
22/01/2012
Redação Época

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Não vamos considerar o analfabeto funcional, uma categoria que não frequenta o índice de analfabetos nas pesquisas do IBGE.
Brasil tem segundo maior índice de analfabetismo da América do Sul

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O que fazer para acabar com o analfabetismo? Opine

A queda de 29,1% na taxa de analfabetismo entre 1996 e 2006 não foi suficiente para tirar o Brasil do incômodo penúltimo lugar no ranking de alfabetização na América do Sul. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira, o percentual de brasileiros que não sabem ler e escrever é inferior apenas ao da Bolívia, onde a taxa de analfabetismo foi de 11,7% em 2005.

Analfabetismo na América Latina e Caribe*
Haiti 45,2
Nicarágua 31,9
Guatemala 28,2
Honduras 22,0
El Salvador 18,9
República Dominicana 14,5
Bolívia 11,7
Jamaica 11,3
Brasil 11,1
Peru 8,4
México 7,4
Colômbia 7,1
Equador 7,0
Panamá 7,0
Venezuela 6,0
Paraguai 5,6
Porto Rico 5,4
Belize 5,3
Bahamas 4,2
Costa Rica 3,8
Chile 3,5
Antilhas Holandesas 3,1
Argentina 2,8
Cuba 2,7
Uruguai 2,0
Trinidad e Tobago 1,2
Guiana 1,0
Barbados 0,3
Média 9,95
*Dados do Cepal 2005

Em relação a todos os países latino-americanos e caribenhos, o Brasil também vai mal no quesito: tem o 9º pior índice do grupo.

Mais grave ainda é a situação do Nordeste, que tem o mais elevado índice entre as cinco regiões do país. Na média, um em cada cinco nordestinos declarou que não sabe ler nem escrever um bilhete simples. Se fosse um país, o Nordeste teria o 5º pior desempenho em alfabetização da América Latina e Caribe, à frente apenas de Honduras, Guatemala, Nicarágua e Haiti.

Na comparação de dados de população urbana da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) com os da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) em 2005, o Brasil se saiu pior do que vizinhos de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo, como Peru, Venezuela e Colômbia.

A taxa brasileira de analfabetismo, 11,1% entre os maiores de 15 anos, ficou, em 2005, acima da média do grupo, que foi 9,95%. O número divulgado pelo IBGE referente a 2006, 10,4%, também está acima dessa linha.

O contingente de analfabetos no Brasil acima de 15 anos, 14 milhões de pessoas, coloca o país no grupo das 11 nações com mais de 10 milhões de não-alfabetizados, ao lado do Egito, Marrocos, China, Indonésia, Bangladesh, Índia, Irã, Paquistão, Etiópia e Nigéria.

O grupo é considerado prioritário para a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que criou programa de metas de erradicação de analfabetismo até 2015.

Bruno Aragaki
Da Redação

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