"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A FÁBULA DA GALINHA VERMELHA

Ficou mais conhecida quando foi divulgada por Ronald Reagan, nos anos 70, quando era presidente: reduziu a carga tributária e conseguiu aumentar a arrecadação nos EUA.

Esta é a estória da galinha vermelha que achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:

- Se plantarmos trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?
- Eu não. Disse a vaca.
- Nem eu. Emendou o pato..
- Eu também não. Falou o porco.
- Eu muito menos. Completou o ganso.
- Então eu mesma planto. Disse a galinha vermelha.

E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.

- Quem vai me ajudar a colher o trigo? Quis saber a galinha.
- Eu não.. Disse o pato.
- Não faz parte de minhas funções. Disse o porco.
- Não depois de tantos anos de serviço . Exclamou a vaca.
- Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego. Disse o ganso.
- Então eu mesma colho, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma.

Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.

- Quem vai me ajudar a assar o pão? Indagou a galinha vermelha.
- Só se me pagarem hora extra. Falou a vaca.
- Eu não posso por em risco meu auxílio-doença. Emendou o pato..
- Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão. Disse o porco.
- Caso só eu ajude, é discriminação. Resmungou o ganso.
- Então eu mesma faço, exclamou a pequena galinha vermelha.

Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta.

De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço.
Mas a galinha simplesmente disse:

- Não, eu vou comer os cinco pães sozinha.

- Lucros excessivos!. Gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! Bradou o ganso.

O porco, esse só grunhiu.

Eles pintaram faixas e cartazes dizendo Injustiça e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.

Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha vermelha:

- Você não pode ser assim egoísta...

- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor.
Defendeu-se a galinha.

- Exatamente.. Disse o funcionário do governo. Essa é a beleza da livre empresa.

Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser, mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais
produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada.

E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha vermelha, que sorriu e cacarejou:

- Eu estou grata, eu estou grata.

Mas os vizinhos sempre perguntavam por que a galinha, desde então, nunca mais fez porra nenhuma... Nem mesmo um pão

Esta fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas brasileiras.
Quem sabe, assim, em uma ou duas gerações, sua mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada
pseudo-socialista, que insiste em assombrar nosso país e condená-lo à eterna miséria.

Qualquer semelhança desses bichos com alguns abaixo é mera coincidência:

Sem-Terra,
Sem-Teto,
Quilombola,
Com Bolsa-Escola e Sem Escola, Puxa-sacos,
Cotistas,
Com indenização de Perseguido Político,

Sem Porcaria nenhuma.

*** *** ***

A Fábula da Galinha Vermelha ensina como é fácil ser vagabundo num mundo socialista. Ou 'socialismo e vagabundagem andam de braços dados'. Ou, então, 'a vida fácil de quem vive às custas dos outros. Mais uma: a falsidade de quem cumprimenta com o chapéu alheio.
Ótimo comentário abaixo da imagem

Quando meus filhos eram crianças, contei para eles essa história. Ficaram calados.
Perguntei: o que voces acham? A galinha agiu corretamente?
Um me perguntou: mas por que só ela trabalhava? Os outros estavam doentes?

R: Não, apenas não queriam ajudar.

Perguntou o outro: e eles viviam de quê, quem dava comida para eles?

R: Os donos deles, que os deixavam bem gordinhos para depois comê-los.

E a galinha? Não ia também ser comida pelos donos?

R: provavelmente não, porque ela produzia bastante. Então, mamãe, se todos trabalhassem , talvez durassem mais tempo porque os donos iam querer ver bastante trabalho! É, mamãe, a galinha foi esperta e os outros foram otários.

Mas, meus filhos, a galinha ficou desgostosa porque o dono a obrigou a dar o que ela havia feito com sacrifício para os preguiçosos!

Mãe, quer saber de uma coisa? A galinha é que devia ser dona e os donos os bichos - ela era muito mais inteligente e trabalhadora do que eles e não ia deixar os companheiros preguiçosos, ia botá-los para trabalhar como ela.

Achei a idéia deles interessante.


Hoje, vejo que tinham razão: os papéis estáo invertidos - quem produz é penalizado com impostos escorchantes, o que desanima novos investimentos e aumento de produção; e os que nada produzem são aquinhoados de todas as formas, com todas as benesses, usufruindo o que foi conseguido através do trabalho alheio, sem que contribuissem de alguma forma para obtenção de vantagens e assistencialismo/paternalismo.
A galinha vermelha tinha razão...
Trabalhar pra quê?

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