Quando Brigitte Bardot era a mulher mais famosa do mundo e se encantou com o Rio de Janeiro, foi aquela sensação. Ela estava namorando com o jogador de basquete e playboy Bob Saguri, um carioca de origem marroquina, que a levava a restaurantes e boates, e nos primeiros dias o casal estava sempre perseguido pela imprensa.
Uma semana depois, BB já estava incorporada à cidade (diga-se, à Zona Sul), e podia circular à vontade, ninguém mais prestava atenção nela. E havia até quem reclamasse quando ela entrava no Zepellin, no Jangadeiro ou no Mau Cheiro, os três bares preferidos de Ipanema: “Lá vem aquela chata da Brigitte..”
O Rio de Janeiro é assim, uma das cidades mais cosmopolitas do mundo, que encanta os turistas e desmoraliza mitos. Agora, nesta fase da temporada do chamado Alto Verão, o Rio se diverte desmoralizando o aquecimento global. Faz frio, ninguém consegue ir à praia.
Os turistas se entreolham, estupefatos, perguntando pelo Sol e pelas garotas de Ipanema (e garotos, também, desde que parte da praia se transformou num dos mais famosos redutos gays do mundo).
A cidade está cheia de turistas, mas as praias estão desertas, em pleno Alto Verão, com aquecimento global e tudo o mais. Se aparecer quem diga que a culpa é do derretimento dos pólos, e o carioca vai responder que só se importa com a cerveja gelada. E vamos em frente.
31 de janeiro de 2012
Carlos Newton
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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