É triste ver a Lei dos Crimes Hediondos (última manifestação pública de reação em defesa da sociedade) sendo continuamente destruída, as progressões de regimes sendo feitas sem a necessidade de exames criminológicos ou de alguma garantia adequada, as penas sendo cumpridas com todas as regalias, conforme a condição financeira do apenado, a sociedade refém e totalmente encarcerada, cada vez mais temerosa, desarmada e indefesa e sem poder contar com o Estado e com a proteção legal para preservar sua integridade.
O afrouxamento penal apenas causou um crescimento vertiginoso da criminalidade, alimentada pelo sentimento epidêmico de impunidade.
Não há laboratório melhor do que a realidade para comprovar a imbecilidade do afrouxamento crescente, desde a reforma da parte geral do Código Penal, de 1984, até os dias de Estado fraco (sem monopólio da violência), gordo (de tanto sugar tributos) e estúpido (incompetente na tarefa mínima de regular e fiscalizar os serviços)a maior demonstração de que caminhamos no sentido errado.
Países inteiros, alguns bem próximos de nós, estão se tornando reféns das gangues multinacionais que elegem governos e destroem a juventude com suas drogas e com o lucro elevado do tráfico, financiado e locupletado por “investidores” ambivalentes, que atuam não só na grande criminalidade financeira, mas que também enriquecem traficando armas e drogas.
As milícias serão mais fortes a cada dia e o Estado de Direito será lembrado como uma fantasia que jamais existiu no iletrado Brasil.
17 de fevereiro de 2012
Pedro Ricardo Maximiano
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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