Casal Garotinho tem tudo para ficar inelegível por 10 anos por desvio de verba pública para campanha eleitoral
Muito em breve, o Casal Garotinho tem tudo para ser alvo dos benéficos efeitos da recém-sacramentada Lei da Ficha Limpa. Garotinho e Rosinha acabam de ser formalmente denunciados pelo Ministério Público Federal por integrar, com outras 17 pessoas, um esquema de desvio de verbas federais em favor de suas campanhas eleitorais. O esquema é idêntico ao Mensalão petralha.
Caso sejam novamente condenados por improbidade administrativa, ganham mais um complicador para seu futuro político. Os dois podem ficar inelegíveis por 10 anos. Em março de 2010, Garotinho e Rosinha já tinham sido condenados por crime semelhante. Continuam na política em função de recursos judiciais. Atualmente deputado federal pelo PR, Garotinho articula uma aliança com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) para emplacar sua filha Clarissa (vereadora) como vice-prefeita na chapa de Rodrigo Maia (filho de Cesar).
Garotinho e Rosinha foram denunciados pelo MPF por desviar dinheiro público usando ONGs contratadas de modo fraudulento por duas entidades públicas: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e a Fundação Escola de Serviço Público (Fesp). A nova denúncia contra o casal Garotinho pode prejudicar o irmão de um famoso pastor protestante que atuava em favor deles em uma função do governo fluminense. O escândalo vai surpreender muita gente e arranhar a imagem impoluta do irmão do religioso.
O MPF constatou que a CPRM e a FESP foram usadas como meio para desviar dinheiro para a ONG Instituto Nacional para Aperfeiçoamento da Administração Pública (Inaap). Em janeiro de 2004, quando Rosinha era governadora, a CPRM contratou emergencialmente a Fesp por R$ 780 mil para recrutar e treinar pessoal. A fundação, por sua vez, subcontratou, sem licitação, o Inaap por R$ 757 mil.
O MPF descobriu que o dinheiro pago à ONG retornou à campanha de Garotinho. É um esquema idêntico ao mensalão petralha que será alvo de julgamento (espera-se que não no Dia de São Nunca) no Supremo Tribunal Federal. O esquema ilegal de subcontratação caiu porque o serviço, pago, não foi executado. O MPF descobriu que o presidente do Inaap à época, Nildo Jorge Nogueira, usou uma de suas empresas para doar R$ 200 mil à campanha de Garotinho à Presidência.
Medalha Mister Bean
O prefeito paulistano Gilberto Kassab fez de tudo para ganhar o Troféu Judas, mas deve mesmo acabar com outro prêmio: a Medalha da Grão Cruz dos Trapalhões.
Como não conseguiu se vender para o PT – já que os radicalóides petralhas não viram com bons olhos sua proposta de aliança para apoiar o fraco candidato Fernando Haddad (ex-ministro da educação capimunista) -, o prefeito agora tenta se jogar para o lado do tucano José Serra – que tenta a manobra desesperada e politicamente suicida de forçar sua candidatura a prefeito de São Paulo.
Agora, Kassab teria comunicado aos petistas que Serra deve ser mesmo candidato a sua sucessão e que terá seu apoio...
Armação religiosa
Deve ser olhada com toda desconfiança a tentativa de reaproximação do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, com a bancada Evangélica.
O Cardeal Carvalho quer apenas frear manifestações contrárias à ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, histórica defensora da legalização do aborto.
Rotina para criminoso sem poder
O jovem Lindberg Alves Fernandes foi exemplarmente condenado a 98 anos de prisão (terá de cumprir pelo menos 12 em regime fechado) pelo assassinato da namorada Eloá Pimentel, com 15 anos de idade na época deste crime de imensa repercussão midiática.
Curioso é que um ilustre jornalista, diretor de redação de um dos maiores jornais do país, que assassinou a namorada com tiros pelas costas, não teve punição idêntica e ainda passou vários anos solto, até que esgotou-se o último recurso que o levou para a cadeia.
Os diferentes pesos de ambas as punições deixam claro que precisamos rever nossos padrões de “fazer Justiça” no Brasil”.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
17 de fevereiro de 2012
jorge serrão
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