MORRE NO RIO O ESCRITOR MILLÔR FERNANDES
Millor foi um dos mais notáveis intelectuais brasileiros
Morreu nesta terça-feira, aos 88 anos, o escritor, jornalista e cartunista Millôr Fernandes. Ele havia sofrido um acidente vascular cerebral, e morreu de parada cardíaca em sua casa, na Zona Sul do Rio, na última madrugada. Embora seja mais conhecido do público como humorista, Millôr foi um intelectual como poucos, e participou de grandes momentos da imprensa brasileira do século XX.
Foi um dos responsáveis pelo fenômeno editorial da revista O Cruzeiro, que chegou a ter tiragem de 750 mil exemplares nos anos 1950, e um dos fundadores do lendário O Pasquim, tablóide que se tornou símbolo da resistência à ditadura militar. No Jornal do Brasil e em VEJA deixou a marca de um humor inteligente e ácido.
Millôr era um intelectual inquieto, e um frasista de mão cheia. Publicou dezenas de livros, mas dizia que não tinha obra (“É coisa de pedreiro”). Tradutor de Shakespeare, Molière e Brecht, reivindicava o título de inventor do frescobol, e foi vice-campeão mundial de pesca ao atum na Nova Escócia, em 1953.
Nascido no Méier, bairro da zona Norte do Rio, em 16 de agosto de 1923, Millôr foi registrado – com quase um ano de atraso - como Milton Viola Fernandes, e acabou adotando o nome que se conseguia ler na certidão de nascimento.
Deixa mulher e dois filhos. O velório está marcado para as 10h desta quinta-feira, no crematório do Caju, no Rio de Janeiro.
28 de março de 2012
Do site da revista Veja
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
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