O ministro Joaquim Barbosa, apesar do vocabulário a que recorre, não é um homem qualquer. É um membro do Supremo Tribunal Federal. Em dezembro, daqui a oito meses, ocupará a presidência do tribunal.
Se ele acusa um colega de manipular decisões de tribunal, a matéria interessa, acho, ao Senado. Num mundo em que as palavras fazem sentido, ou ele retira essa acusação — que mantenha as ofensas pessoais a Peluso, que também o atacou, eis um problema que diz respeito a ambos, embora lamentável —, ou, comprovada a acusação,
Peluso tem de ser condenado por crime de responsabilidade. Não comprovada, então o futuro presidente do Supremo cometeu crime de calúnia, no mínimo.
Se as palavras deixarem de fazer sentido até no Supremo, o que nos resta?
21 de abril de 2012
Reinaldo Azevedo
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