De vez em quando o passado teima em nos visitar novamente. Às vezes, de forma agradável, como desta feita, com o fato caindo como mel na sopa.
Já contei a vocês que fui metalúrgico em São Bernardo, época em que ainda não tinha a cabeça no lugar.
Um dos meus amigos, com quem eu participava das assembléias em Vila Euclides, na década de 1970, com quem ainda mantenho contato, apesar dele também estar aposentado, mandou-me a fotomontagem abaixo, aproveitando fotos que fez na época. Não são boas porque ele tinha uma Instamatic, das primeiras. Agora, com o computador, ele fez a fotomontagem,
que ficou razoável.
Mas preciso contar o fato, para ficar entendível. Todas as vezes que o cachaceiro de Caetés estava em uma assembléia, ele acompanhava o tempo no relógio de pulso.
Quando dava as 16 horas, ele saia de fininho, deixando um dos canhestros do sindicato cuidando da assembléia e sumia por algum tempo. Depois voltava. Uma das vezes, meu amigo deu um jeito de pegá-lo na saída. Nesse dia, meu amigo pegou Lula e Okamoto, este pergunta ao agora glabro por que, toda assembléia, ele saia às quatro horas.
E Lula disse que sempre tinha que ir à padaria para comprar o pão, que saia do forno naquela hora. Okamoto perguntou porque ele não mandava a galega comprar o pão. Lula disse:
- Vem comigo que eu vou lhe mostrar.
Lá chegando, Lula mostra a Okamoto o aviso no balcão do pão e diz:- Tá vendo? Não dizem que as japonesas tem a periquita invertida? – Por isso, pergunto a você. – Elas tem saco?
Okamoto responde: – Claro que não!
Lula: – Pois é. A galega também não. Como posso pedir para ela vir pegar o pão?
Também não preciso dizer que o japonês, na saída, pagou a conta da padaria…
21 de abril de 2012
Magu
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