A pesquisa do Datafolha, comentada objetivamente na Folha de São Paulo de domingo 22 por Fernando Rodrigues, revela nitidamente que a aprovação crescente do governo Dilma Roussef e a popularidade mantida pelo ex-presidente Lula estão arrasando a oposição no país.
Em consequência, fazendo Dilma cada vez mais independente dos acordos políticos voltados para lhe garantir a maioria no Congresso Nacional. Os números falam por si.
Roussef é aprovada por 64% da opinião pública. Apenas 5% a reprovam. Trinta e um por cento a consideram regular, a meu ver uma forma de abstenção. Pois as afirmações fortes são sempre de ponta. Dois por cento não souberam responder. As pontas são ótimo e bom, de um lado. Ruim e péssimo de outro.
Mas eu disse que arrasaram a oposição. Pois é. Se 64 aprovam e 5 desaprovam, para análise estatística, 69 pontos passam a ser iguais a cem. E se ela alcança 64%, efetivamente, como se estivéssemos lidando com votos úteis, verificamos que o apoio que recebe está na escala de 90%, em números redondos. A parcela de 31 por cento corresponde a uma forma de abstenção.
Podemos comprovar. O Datafolha revela que, em termos de sucessão de 2014, 57% preferem Lula. Trinta e dois por cento Dilma. Temos aí 89 pontos, índice quase igual ao total de 90 a que me referi há pouco, interpretando o quadro através dos números.
Outro fenômeno interessante. Mário Paulino, diretor do Datafolha, dividiu a pesquisa por classes sócioeconômicas, aliás base de qualquer pesquisa política. E mostra que a atual presidente, nos últimos três meses, subiu 17 pontos (de 53 para 70) entre as pessoas que ganham mais de 10 salários mensais.
Sabem os leitores qual a percentagem desse segmento na mão de obra ativa brasileira que é formada por 100 milhões de pessoas? Apenas 4%. A revelação é mais uma a derrubar a tese do professor Marcelo Neri, encampada pela Fundação Getúlio Vargas, de que há no Brasil uma nova classe média, cujo rendimento mensal oscila em torno de três SM. Mas esse é outro assunto.
A pesquisa da empresa da Folha de São Paulo ilumina um outro plano, este de importância eleitoral. A aprovação mais alta de Dilma está entre os jovens de 25 a 34 anos de idade. Exatamente o segmento que mais cresce do eleitorado. O enfoque acrescenta logicamente que a oposição encontra-se na contramão do processo renovador do voto.
Isso não quer dizer que, nas eleições de prefeito, este ano, todos os candidatos da corrente governista vão ser vitoriosos. Aí ingressamos em outro departamento, como se diz popularmente. O da transferência de voto. Depende do desempenho de cada um. Lula conseguiu transferir para Dilma em 2010. Isso não quer dizer que possa transferir de maneira indefinida para qualquer candidatura.
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OS CONTRATOS DA DELTA
Os repórteres André de Souza, Gabriela Valente, Paulo Celso Pereira e Regina Alvarez, O Globo também de domingo, entrevistaram o ministro chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, a respeito dos contratos da Delta, de Fernando Cavendish, com a administração pública.
Hage afirmou serem 100 os contratos a partir de 2006, totalizando 3,9 bilhões de reais. Já foram executados e pagos 1 bilhão e 400 milhões.
A CGU – disse o ministro – já havia identificado irregularidades em 60 deles. Agora, será feita uma nova análise. Mas como? E quais as providências em relação aos 60?
Isso de um lado. De outro, contratos exigem pelo menos duas partes assinando. E a responsabilidade dos administradores que os firmaram? A Delta não podia praticar corrupção sozinha. É necessário explicar. Fernando Cavendish não batia corner e cabeceava ao mesmo tempo.
Em consequência, fazendo Dilma cada vez mais independente dos acordos políticos voltados para lhe garantir a maioria no Congresso Nacional. Os números falam por si.
Roussef é aprovada por 64% da opinião pública. Apenas 5% a reprovam. Trinta e um por cento a consideram regular, a meu ver uma forma de abstenção. Pois as afirmações fortes são sempre de ponta. Dois por cento não souberam responder. As pontas são ótimo e bom, de um lado. Ruim e péssimo de outro.
Mas eu disse que arrasaram a oposição. Pois é. Se 64 aprovam e 5 desaprovam, para análise estatística, 69 pontos passam a ser iguais a cem. E se ela alcança 64%, efetivamente, como se estivéssemos lidando com votos úteis, verificamos que o apoio que recebe está na escala de 90%, em números redondos. A parcela de 31 por cento corresponde a uma forma de abstenção.
Podemos comprovar. O Datafolha revela que, em termos de sucessão de 2014, 57% preferem Lula. Trinta e dois por cento Dilma. Temos aí 89 pontos, índice quase igual ao total de 90 a que me referi há pouco, interpretando o quadro através dos números.
Outro fenômeno interessante. Mário Paulino, diretor do Datafolha, dividiu a pesquisa por classes sócioeconômicas, aliás base de qualquer pesquisa política. E mostra que a atual presidente, nos últimos três meses, subiu 17 pontos (de 53 para 70) entre as pessoas que ganham mais de 10 salários mensais.
Sabem os leitores qual a percentagem desse segmento na mão de obra ativa brasileira que é formada por 100 milhões de pessoas? Apenas 4%. A revelação é mais uma a derrubar a tese do professor Marcelo Neri, encampada pela Fundação Getúlio Vargas, de que há no Brasil uma nova classe média, cujo rendimento mensal oscila em torno de três SM. Mas esse é outro assunto.
A pesquisa da empresa da Folha de São Paulo ilumina um outro plano, este de importância eleitoral. A aprovação mais alta de Dilma está entre os jovens de 25 a 34 anos de idade. Exatamente o segmento que mais cresce do eleitorado. O enfoque acrescenta logicamente que a oposição encontra-se na contramão do processo renovador do voto.
Isso não quer dizer que, nas eleições de prefeito, este ano, todos os candidatos da corrente governista vão ser vitoriosos. Aí ingressamos em outro departamento, como se diz popularmente. O da transferência de voto. Depende do desempenho de cada um. Lula conseguiu transferir para Dilma em 2010. Isso não quer dizer que possa transferir de maneira indefinida para qualquer candidatura.
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OS CONTRATOS DA DELTA
Os repórteres André de Souza, Gabriela Valente, Paulo Celso Pereira e Regina Alvarez, O Globo também de domingo, entrevistaram o ministro chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, a respeito dos contratos da Delta, de Fernando Cavendish, com a administração pública.
Hage afirmou serem 100 os contratos a partir de 2006, totalizando 3,9 bilhões de reais. Já foram executados e pagos 1 bilhão e 400 milhões.
A CGU – disse o ministro – já havia identificado irregularidades em 60 deles. Agora, será feita uma nova análise. Mas como? E quais as providências em relação aos 60?
Isso de um lado. De outro, contratos exigem pelo menos duas partes assinando. E a responsabilidade dos administradores que os firmaram? A Delta não podia praticar corrupção sozinha. É necessário explicar. Fernando Cavendish não batia corner e cabeceava ao mesmo tempo.
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