"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 5 de abril de 2012

SENADOR PETISTA IGNORA O ELEITOR, TRANSFORMA O SENADO EM CORETO DE QUINTA E DECLAMA POEMA DE AMOR...


Virou baderna- Não é de hoje que o Congresso Nacional é açoitado por uma lufada de descrédito, que tornou-se mais intensa com a corrupção e a permissividade que marcaram a era de Luiz Inácio da Silva, o messiânico Lula. Sempre dispostos a achincalhar o parlamento brasileiro, pois confiam cada vez mais na tese de que o fim justifica os meios, petistas nem de longe sabem o que significa uma Casa legislativa. Entendem, sim, que o parlamento é um balcão de negócio sempre pronto a favorecer apaniguados e a abafar escândalos protagonizados por “companheiros”.

Não bastasse os pífios espetáculos encenados pelo senador Eduardo Suplicy, a política agora descobre mais um gazeteiro com vocação teatral. No momento em que o Senado Federal é mais uma vez tomado por um imbróglio que arremessa a política nacional ao rés do chão, o senador Aníbal Diniz, do PT do Acre, encontrou espaço em seu discurso no plenário, proferido na tarde de quarta-feira (4), para homenagear a própria esposa, que fazia aniversário. Primeiro suplente do então senador Tião Viana, também do PT, que renunciou ao mandato para governar o Acre, uma espécie de feudo da família Viana, Aníbal Diniz é um abusado, pois sua esposa é uma ilustre desconhecida do povo brasileiro e seu aniversário interessa a ninguém.

Mesmo assim, Aníbal Diniz se derreteu na tribuna do Senado ao ler o “Soneto da Fidelidade” (De tudo ao meu amor serei atento / Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto / Que mesmo em face do maior encanto / Dele se encante mais meu pensamento…), de Vinícius de Moraes. Fidelidade, pois, que o PT há muito não cultiva em relação ao discurso do passado, quando colocava os corruptos na vala comum que hoje frequenta com largueza e intimidade.

É preciso que alguém explique a esse representante do Acre, estado que vive às voltas com as cheias dos rios, que o Congresso Nacional não é um coreto de praça de cidadezinha do interior, onde os apaixonados flertavam suas cobiçadas à sombra do casto trottoir do amor. Até porque, o contribuinte brasileiro não madruga para ver o seu suado dinheiro se transformar em declarações de amor, enquanto o País continua rebocado por suas mazelas.

Considerando que, assim como qualquer senador ou deputado federal, Aníbal Diniz custa mensalmente aos cofres públicos a bagatela de R$ 130 mil, certo estava o então presidente Lula quando lançou o bordão “nunca antes na história deste país”.

PS - Toda a arrala-miúda do Senado, gasta o dinheiro do contribuinte "RALEZANDO", cantando e recitando sua essência gelatinosa...Certa vez, a dona Ideli Salvatti soltou a VOZ, meu filho acordou assustado e pediu para que eu tirasse daquilo....MOVCC

05 de abril de 2012
ucho.info

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