Creio que este artigo da senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e produtora rural, resume de forma perfeita o que está realmente ocorrendo no Brasil em relação ao tal Código Florestal. Se a bandalha ecochata triunfar com a sua idiotia politicamente correta, mais adiante os brasileiros terão que enfrentar o racionamento de alimentos.
Considero que o artigo de Kátia, que transcrevo da Folha de S. Paulo na íntegra após este prólogo, está de bom tamanho, mas continua contemporizando com os idiotas e fanáticos comunistas fantasiados de verde. Aliás, a absorção de conceitos e idéias cretinas propagadas pela estupidez ecochata foi longe demais. Houve excessiva condescendência com esses fanáticos irresponsáveis.
E a questão mais grave é que pelo menos há 20 anos a população do planeta vem sofrendo uma permanente lavagem cerebral que começa no jardim de infância e segue avançando até o ensino universitário. Como a maioria dos humanos é incapaz de pensar com objetividade, qualquer afirmativa vazada numa retórica ôca que despreza os postulados da ciência é absorvida sem qualquer discussão.
Resultado: as novas gerações são transformadas em legiões de cretinos, que repetem feito robôs aquilo que os embusteiros da ecologia lhes enfiaram na cérebro. Tanto é que acreditam piamente que o tal do C02, um gás, é o responsável por um suposto aquecimento global, quando se sabe que a única fonte de aquecimento do planeta é o Sol!
Não me canso de afirmar que a primeira providência no plano da ecologia deveria ater-se ao plano sanitário. O Brasil é hoje uma imensa cloaca, já que não existe em 99% das cidades brasileiras esgoto tratado. Boa parte das moléstias que ceifam a vida de milhares de pessoas decorre fundamentalmente da falta de higiene. No entanto, nenhum desses arautos do apocalipse climático é capaz de levantar esta questão.
Em contrapartida estão como loucos pelas redes sociais a defender o veto da Presidência da República ao novo Código Florestal.
Sugiro que leiam o artigo de Kátia Abreu, intitulado "Um Código Florestal para o Brasil". Contém dados importantes que devem ser levados em consideração por todos aqueles em cujas mãos está o poder de decidir. Oxalá não estejam eles com os seus cérebros completamente idiotizados pela cantilena dos embusteiros ecochatos. Leiam:
FEIJÃO E arroz interessam a todos, assim como água limpa e ar puro (Rolf Kuntz, 8/5/2012, no site "Observatório da Imprensa"). Mas esses dois lados não recebem o mesmo peso nas avaliações dos formadores de opinião. Predomina o enfoque da preservação ambiental em detrimento da produção de alimentos.
A proteção do ambiente é, hoje, uma preocupação de todos os seres humanos e vemos com alívio que governos, empresas e consumidores estão mais conscientes de que os recursos da Terra devem ser explorados de modo sustentável.
No Brasil rural não é diferente -basta observar os índices cada vez menores de desmatamento e o desenvolvimento de técnicas avançadas como a agricultura de baixo carbono.
No entanto, também é importante que os países produzam mais alimentos para um mundo desigual, em que atualmente 900 milhões de pessoas passam fome, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Lamentavelmente, essa triste realidade não é considerada pela utopia ambientalista, que tenta separar o inseparável, como se possível fosse discutir ambiente sem considerar o econômico e o social.
Será que é racional abrir mão de 33 milhões de hectares da área de produção de alimentos, que representam quase 14% da área plantada, para aumentar em somente 3,8 pontos percentuais a área de vegetação nativa do país?
Essa troca não me parece justa com os brasileiros, pois corremos um alto risco de aumento no preço dos alimentos sem um ganho equivalente na preservação ambiental.
Reduzir 33 milhões de hectares nas áreas de produção agropecuária significa anular, todos os anos, cerca de R$ 130 bilhões do PIB (Produto Interno Bruto) do setor.
Para que se tenha uma noção do que representam 33 milhões de hectares, toda a produção de grãos do país ocupa 49 milhões de hectares.
O Código Florestal não foi construído para agradar a produtores ou ambientalistas, mas, sim, para fazer bem ao Brasil. Agora, está nas mãos da nossa presidente, a quem cabe decidir, imune a pressões, o que é melhor para sermos um país rico, um país sem miséria, que é a grande meta da sua gestão.
A utopia ambientalista, no entanto, não respeita a democracia política, muito menos a economia de mercado. Há líderes do movimento verde que pregam abertamente um Estado centralizado, com poderes para determinar a destinação dos recursos, da produção e até mesmo do consumo. Nesse tipo de sociedade autoritária, não há lugar para a liberdade e para as escolhas individuais. Salvam a natureza e reduzem a vida humana à mera questão da sobrevivência física.
Mas slogans fáceis e espetáculos midiáticos não podem ofuscar a eficiência da agropecuária verde-amarela. O Ministério da Agricultura acaba de divulgar os dados do primeiro quadrimestre de 2012. Exportamos US$ 26 bilhões, gerando superavit de US$ 20,8 bilhões. Nunca é demais lembrar que o agro exporta somente 30% de tudo o que produz. E, para isso, usa apenas 27,7% do território, preservando 61% com vegetação nativa. Qual país do mundo pode ostentar uma relação tão generosa entre produção e preservação?
Os ambientalistas, em sua impressionante miopia, ainda cobram que a agropecuária deva elevar a produtividade. Nos últimos 30 anos, com apenas 36% a mais de área, a produção de grãos cresceu 238%! Eles não consideram que os índices brasileiros já são elevados e que aumentos são incrementais.
Exigem maior produção em menor área, mas condenam sistematicamente as plantas transgênicas, o uso de fertilizantes químicos e de defensivos contra pragas e doenças, pregando a volta dos velhos métodos tradicionais herdados de nossos avós.
É fundamental que o novo Código Florestal garanta segurança para que o país continue produzindo o melhor e mais barato alimento do planeta.
É inaceitável que o Brasil abra mão da sua capacidade produtiva, deixando de contribuir plenamente para a redução da pobreza, já tendo a maior área de preservação do mundo.
12 de maio de 2012
in aluizio amorim
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