"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 25 de junho de 2012

RECORDAR É VIVER

Toffoli se comprometeu a consultar os outros ministros sobre sua suspeição em casos ligados ao PT


Por sugestão do comentarista Marcelo Mafra, vamos reproduzir exatamente o compromisso assumido por Dias Tofolli quando foi sabatinado no Senado e teve aprovada sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal.

Em sua mensagem ao Blog da Tribuna, o comentarista Marcelo Mafra destaca a importância de o procurador-geral da República atuar com firmeza para levantar a suspeição de Toffoli, pois o seu padrinho direto, o ex-presidente Lula, por ocasião da divulgação das conversas do encontro com Jobim e Gilmar, dissera que já havia dito a Toffoli que ele tinha que participar do julgamento do Mensalão. “Então, Lula já deu as ordens e as coordenadas do que Toffoli deverá fazer”, diz Mafra.

Pois bem. vamos relembrar que, em sua sabatina no Senado, Toffoli afirmou ainda que considerava “coisa do passado” seu trabalho em defesa do presidente Lula e do PT. “O fato de ter atuado em ações eleitorais para o presidente da República é algo do passado. Isso não faz mais parte da minha vida. Não nego minha história, mas no momento que fui para Advocacia-Geral da União já deixei isso para trás”, alegou.

Toffoli afirmou que se declararia impedido de julgar a legalidade das cotas raciais por já ter se manifestado sobre o tema enquanto esteve na Advocacia Geral da União.
O raciocínio, no entanto, não se estendia ao caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti e a polêmica sobre a possibilidade de excluir torturadores da lei de anistia de 1979. Nestes temas, ele disse que pretende consultar os futuros colegas do Supremo para se posicionar ou não por impedimento.

Maior crítico da indicação dele para ministro do Supremo, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) então ironizou os possíveis impedimentos de Toffoli. “São tantas as questões ligadas a Vossa Excelência que, se Vossa Excelência for se declarar impedido em todas, ficará de férias no Supremo Tribunal Federal”.

Bem, agora só resta aguardar se Toffoli vai cumprir o compromisso de consultar os outros ministros sobre a suspeição? Será que vai cumprir? Claro que não.

Carlos Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário