UOL ELEIÇÕES 2012
Na convenção que marcou o lançamento da candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, lideranças tucanas dispararam críticas ao PT e à administração do candidato petista Fernando Haddad (PT) no Ministério da Educação (MEC), em discursos que defenderam o caráter nacional da disputa em São Paulo e que deverão dar o tom da campanha eleitoral.
“Não há dúvida de que essa é uma eleição de repercussão nacional, não pelo sentido estreito de disputa entre partidos, mas porque seu resultado poderá significar muito para a saúde das instituições democráticas. Trata-se de barrar, aqui em São Paulo, o apetite avassalador do PT, que não respeita nenhuma barreira”, afirmou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que discursou representando o diretório paulista do partido.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que falou em nome da Executiva Nacional do partido, também defendeu a tese do caráter nacional da disputa. “O confronto com o candidato do oficialismo é visível. Não há como não considerar este um pleito nacional, pela presença de uma liderança nacional como José Serra e pelo interesse maior do governo federal na eleição em São Paulo”, disse Dias, que também fez críticas à gestão de Haddad no MEC.
"É a experiência administrativa fracassada, um Ministério da Educação que deixa um legado dramático. Legado de mentira, de falsificação e de incompetência, de lambanças na gestão da educação", afirmou Dias.
Nunes também foi enfático ao criticar a escolha do candidato pelo PT.
“[O PT] impõe um candidato artificial que passeia por aí como se fosse um urso adestrado levado pela coleira”, afirmou.
Em seu discurso, Nunes ainda fez menção ao “mensalão” e à suposta atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pressionar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Medes sobre o julgamento do caso.
“[O PT] não hesita em macular o Congresso Nacional com o mensalão, não titubeia em tentar intimidar os ministros do Supremo, [o PT] se utiliza de uma CPI para perseguir adversários políticos, contrata criminosos aloprados para produzir dossiês difamantes contra oposicionistas e não hesita em ameaçar constantemente a liberdade de imprensa”, afirmou o senador.
25 de junho de 2012
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