A Fiocruz desenvolve vacina contra a esquistossomose e, após testes promissores em humanos, pesquisadores preveem imunizar a população em até cinco anos. Se fabricada em escala comercial, a fórmula será a primeira do mundo voltada para o combate de uma doença parasitária
É uma situação histórica para o Brasil – o país nunca havia iniciado o desenvolvimento de uma tecnologia de vacina. O resultado dos experimentos comprova que a substância Sm14 é segura para o uso humano e abre caminhos para novos testes, cerca de 15 anos depois da comprovação de sua eficácia em animais.
Na época dos testes em bovinos e ovinos, a eficácia da vacina atingiu índices de 75% a 90%, e também foi capaz de proteger os bichos da fasciolose, doença causada por outro tipo verme. Já o teste em humanos começou em maio do ano passado. A vacina foi administrada em três doses, em 20 pessoas do Rio de Janeiro.
“Essa foi a primeira fase de segurança, feita em indivíduos sadios. Não houve nenhum efeito colateral além da dor local, que já era esperada para uma vacina intramuscular”, explicou Tania Araújo Jorge, diretora do IOC. Para chegar a essa etapa, foi necessária a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), análise que levou mais de um ano.
A segunda fase de testes será feita no início de 2013, sob a coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa etapa de segurança endêmica será de cooperação internacional e vai incluir entre voluntários crianças em idade pré-escolar do Brasil e da África. Cerca de 200 indivíduos vão receber a fórmula e serão acompanhados por três meses para garantir que o imunizante não lhes causou efeitos colaterais.
A etapa final vai atestar a eficácia da vacina em milhares de moradores de áreas endêmicas. Durante cinco anos, a saúde dessas pessoas será comparada aos índices da doença registrados nas regiões em que vivem. “Marcamos um encontro para 2015 para anunciar os resultados dessas fases. Calculamos não menos que quatro anos para iniciar a perspectiva de produção, se tudo der certo. Estamos muito confiantes”, animou-se Tania.
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INOVAÇÃO
“Se alguém descobrir uma vacina eficaz e segura contra um parasita do tamanho do Schistossoma, poderá ser agraciado com um prêmio Nobel, porque é uma evolução muito grande na medicina. Até hoje, só conseguimos no máximo criar vacinas contra vírus ou bactérias”, explica Pedro Tuil, professor do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília (UnB).
Na época dos testes em bovinos e ovinos, a eficácia da vacina atingiu índices de 75% a 90%, e também foi capaz de proteger os bichos da fasciolose, doença causada por outro tipo verme. Já o teste em humanos começou em maio do ano passado. A vacina foi administrada em três doses, em 20 pessoas do Rio de Janeiro.
“Essa foi a primeira fase de segurança, feita em indivíduos sadios. Não houve nenhum efeito colateral além da dor local, que já era esperada para uma vacina intramuscular”, explicou Tania Araújo Jorge, diretora do IOC. Para chegar a essa etapa, foi necessária a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), análise que levou mais de um ano.
A segunda fase de testes será feita no início de 2013, sob a coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa etapa de segurança endêmica será de cooperação internacional e vai incluir entre voluntários crianças em idade pré-escolar do Brasil e da África. Cerca de 200 indivíduos vão receber a fórmula e serão acompanhados por três meses para garantir que o imunizante não lhes causou efeitos colaterais.
A etapa final vai atestar a eficácia da vacina em milhares de moradores de áreas endêmicas. Durante cinco anos, a saúde dessas pessoas será comparada aos índices da doença registrados nas regiões em que vivem. “Marcamos um encontro para 2015 para anunciar os resultados dessas fases. Calculamos não menos que quatro anos para iniciar a perspectiva de produção, se tudo der certo. Estamos muito confiantes”, animou-se Tania.
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INOVAÇÃO
O imunizante está em desenvolvimento há mais de 30 anos. Caso a fórmula seja aprovada para fabricação, será a primeira contra helmintos, isto é, a única vacina criada até hoje contra uma doença parasitária. De acordo com os criadores da vacina e com especialistas, a consolidação dessa descoberta pode abrir portas para o combate a outras doenças do gênero, como a malária, a leishmaniose e a teníase.
(Artigo enviado pelo comentarista Gilson Albuquerque Percinotto)
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